
O secretário de Justiça do Piauí, coronel Carlos Augusto (MDB), afirmou que o sistema prisional do estado não registra atuação de facções criminosas com comando interno das unidades. Segundo ele, o controle rigoroso das comunicações impede que detentos articulem ações externas, como ocorre em outros estados brasileiros.
“Eu posso afirmar, como secretário de Justiça, que no estado do Piauí não tem comando de dentro para fora dos presídios. Todas as nossas operações indicam isso, todos os nossos acompanhamentos, que são diários. Não tem celular em nenhuma unidade de regime fechado do estado do Piauí”, declarou.
O gestor comparou a realidade piauiense com o cenário de violência enfrentado no Rio de Janeiro e em estados do Sudeste e Nordeste, destacando que o Piauí tem conseguido manter um nível de segurança prisional que bloqueia a influência direta de organizações criminosas.
Carlos Augusto também manifestou preocupação com os recentes episódios de violência no Rio de Janeiro, que resultaram na morte de policiais, e defendeu uma resposta articulada em nível nacional.
“O país tem que ter uma política verticalizada de segurança pública. Nenhum dos governos nos últimos 30 anos foi capaz de delinear uma política nacional e criar um fundo permanente de financiamento para a segurança”, criticou.
O secretário reforçou a necessidade de tratar a segurança pública com a mesma prioridade dada à saúde e à educação, com recursos garantidos e políticas definidas.
“Assim como há fundo para financiar a educação e a saúde, através do sistema único, tem que haver uma solução para o financiamento da segurança pública”, completou.




