O Piauí tem 17 empregadores na nova edição da “lista suja” do trabalho escravo, divulgada semestralmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número é 47% menor que o da última lista, divulgada em abril, quando havia 32 registros no estado. O material foi publicado nesta segunda-feira (27) pelo Ministério Público do Trabalho do Piauí.

As pessoas e empresas que aparecem nesta lista foram flagradas submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão. No Brasil, 690 empregadores estão na lista, sendo 159 incluídos na última atualização, 101 pessoas físicas e 58 jurídicas, um aumento de 20% em relação à anterior. No Piauí, apenas dois novos registros foram adicionados.

Segundo o MPT Piauí, 17 empregadores piauienses foram flagrados explorando 170 trabalhadores, principalmente em carnaubais e pedreiras, mas também em fazendas e serviços domésticos. Os casos ocorreram em 17 municípios, incluindo Teresina, Altos e Currais, onde quatro trabalhadores foram resgatados em pedreiras.

A “Lista Suja” procura dar transparência aos resultados das ações fiscais de combate ao trabalho escravo. A inclusão na lista não impede ações penais ou cíveis. O crime de trabalho análogo à escravidão prevê pena de reclusão de 2 a 8 anos e multa. As empresas também podem ser responsabilizadas na esfera cível.

Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo site www.prt22.mpt.mp.br/servicos/denuncias, WhatsApp (86) 99544-7488 ou pelo Sistema Ipê, da Secretaria de Inspeção do Trabalho em parceria com a OIT.