Uma mancha na pele que não dói, não coça, não arde, não incomoda pode ser perigosa e sinal de Hanseníase. A informação foi enfatizada pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, durante o Janeiro Roxo, campanha mundial que busca incentivar o diagnóstico e o tratamento precoce dessa doença infecto-contagiosa e que também pretende combater o preconceito.
Somente em 2019, Teresina apresentou 311 novos casos de Hanseníase, o que representa uma diminuição de 11%, se comparado ao ano de 2018. “A Hanseníase afeta os nervos e se manifesta por meio de lesões na pele. Entre as complicações da doença, a pessoa pode ter, por exemplo, problemas de visão e apresentar incapacidades físicas”, explica o médico infectologista da FMS, Kelsen Eulálio.
Kelsen Eulálio explica ainda que a transmissão acontece por gotas de secreção que o paciente, sem tratamento, elimina quando respira , fala, tosse ou espirra. “Os familiares por terem um contato prolongado e íntimo com a pessoa doente não tratada tem o maior risco de adoecer. É por isso que a FMS realiza periodicamente a vigilância dos contatos, que significa avaliar as pessoas que convivem com quem tem a doença”, finaliza.
A FMS intensifica as ações de combate à doença em janeiro, mas o trabalho de vigilância acontece durante todo o ano. “Em parceria com a Educação, por exemplo, a FMS realiza campanha de Hanseníase e verminose nas escolas. Os pais das crianças recebem ficha e para preenchê-la, eles devem observar o corpo dos pequenos em casa, avaliando se tem alguma mancha”, explica Svetlana Coelho, membro do Núcleo de Doenças Negligenciadas da FMS.
Confira locais para diagnóstico e tratamento da Hanseníase
Em caso de mancha suspeita, a recomendação é de que a pessoa se dirija para uma das 90 Unidades Básicas de Saúde de Teresina, para ser avaliada e receber o tratamento médico adequado. Caso haja necessidade, a pessoa também pode ser direcionada para locais de referência: Hospital Universitário do Piauí, Centro Maria Imaculada e Clínica de Dermatologia do Hospital Getúlio Vargas.
Da Redação
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