A cidade de Picos sediou na tarde deste domingo (19), a 11ª Parada Cultural e da Igualdade. O evento que teve sua concentração inicial na Avenida Deputado Sá Urtiga e seguiu seu percurso até a Praça Félix Pacheco, região central da cidade, atraiu milhares de pessoas entre o público LGBT, simpatizantes e curiosos.

A programação deste ano teve início na sexta-feira (17) com a Jornada Nordestina de Cidadania Plena LGBT e Prevenção das IST/Aids e Hepatites, discutindo temáticas voltadas para prevenção de doenças, políticas públicas e ações sociais voltadas para o movimento LGBT.

“O que tem cura é o seu preconceito” foi o tema deste ano, e de acordo com a coordenadora municipal de Direitos Humanos e Livre Orientação Sexual, Jovanna Cardoso, está relacionada a cura gay.

“Fizemos um contraponto a cura gay dos deputados da bancada evangélica, por que não se cura o que não é doença, o que se cura é o preconceito, é a intolerância, a corrupção, mas a orientação sexual não se cura. As pessoas nascem homo, hétero, bi e transexuais”, explicou Jovanna.

A cantora Angela Leklerrir, veio do Rio de Janeiro para participar pela quinta vez da parada da igualdade de Picos. Sobre a realização do evento, ela afirmou que mostra à juventude a importância do respeito. “A Jovanna realiza um trabalho muito importante mostrando para a juventude que respeito é tudo, não só a aceitação, é o respeito acima de tudo”, afirmou Leklerrir.

Erisvaldo é picoense, e participou pela primeira vez do evento. Segundo ele, o movimento é importante para que passem a aceitar a igualdade das pessoas. “Os direitos são iguais, e eu me sinto à vontade tanto em casa quanto na rua, hoje em dia eu me aceito, sou uma pessoa verdadeira”, disse.

A estudante Isabel Silva, falou da necessidade de reivindicar que os LGBTs ocupem todos espaços na sociedade. Segundo ela, o país vive um momento difícil na política em que mulheres e LGBTs correm o risco de perder direitos fundamentais.

“Muito se coloca que homossexual são doentes, tem algum problema psicológico e não é, a gente já nasce assim. Eu sou bissexual, já nascemos assim, não é uma coisa que a sociedade nos impõe, a sociedade tem que nos respeitar e aceitar. O amor não tem cura, só temos que amar e ser feliz”, contou Isabel.

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), se fez presente no evento reforçando a luta para que os LGBTs tenham seus direitos respeitados. Para o integrante da sigla, Junior Vieira, o Brasil é o país que mais mata LGBTs e por conta de toda forma de opressão e exploração, o partido saí em favor dos direitos da classe. “É uma luta nossa, lutar pelos direitos dos LGBTs, para que possamos ter direito a saúde, a educação e ao emprego”, afirmou.

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