Início Destaque Moradores do Valparaíso reclamam de focos de incêndio no aterro sanitário

Moradores do Valparaíso reclamam de focos de incêndio no aterro sanitário

Um foco de incêndio ocorrido no último domingo (05), no aterro sanitário de Picos, localizado ás margens da BR 316, no povoado Valparaíso, está provocando danos à saúde das famílias que residem em comunidades próximas ao local.

O líder comunitário Neto Araújo procurou a reportagem do Grande Picos para denunciar o descaso das autoridades na resolução do problema. Ele afirma que o local nunca foi um aterro sanitário, mas sim um lixão ao céu aberto. “A gente procura a secretaria do Meio Ambiente, eles dizem que o fogo está controlado, mas a fumaça [está] tomando de conta do povoado”, reclama Araújo.

Segundo o tenente Hamilton Lemos, do Corpo de Bombeiros da cidade de Picos, o incêndio teve início após as pessoas que trabalham no local atearem fogo no lixo presente no local e perderem o controle da situação. “Nada concretiza o que eu vou dizer agora, mas dizem que foram as pessoas que trabalham lá mesmo que tentaram colocar esse fogo e de repente perderam o controle”, informa bombeiro.

Hamilton Lemos explica que a fumaça do incêndio no aterro é mais perigosa do que as demais por se tratar de material tóxico. “Realmente, ela é bem mais toxica, pois lá envolve vários tipos de material, principalmente plástico”, ressalta Hamilton.

O Grande Picos conversou também com o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Picos, Filomeno Portela, que pondera sobre a situação do aterro. “Nós não temos um aterro sanitário, mas também não temos um lixão a céu aberto, nós temos um aterro controlado”, diz Portela.

O secretário informou também quais seriam as causas do incêndio que ocorreu na tarde do último domingo (5). Segundo ele, o fogo pode ter sido provocado por uma substância usada para acelerar a maturação das frutas. “Carbureto é uma substância que é usada em frutas para que elas amadureçam mais rápido. Ele é um produto que esquenta, lá ele é exposto ao sol quente, gerou alguma faísca, um fogo, uma fumaça, e esse fogo se alastrou por conta desse lixo que não é enterrado logo”, finaliza Portela.