O atual presidente da Sociedade Esportiva de Picos (SEP), Rodrigo Lima, em entrevista à nossa reportagem, falou sobre a atual situação do clube, que no momento está praticamente desativado e, no último campeonato que disputou, foi rebaixado para a Segunda Divisão do Futebol Piauiense.
”Nós estávamos na expectativa de o clube participar da Segunda Divisão no ano de 2018, para que jogando na competição, sendo finalista, pudesse subir à elite do futebol piauiense. Fomos até a Federação na data prevista para o arbitral, foi montado o esqueleto de mais ou menos como seria a competição, mas no decorrer de alguns dias após o arbitral, todas as equipes desistiram de participar e não houve competição”.
Rodrigo disse ainda que retornou à Teresina para tentar viabilizar o retorno do time à Primeira Divisão. “Em conversa com o então presidente Cesarino, ele informava aos representantes que todos que havia enviado para a CBF, para o Ministério do Esporte a história de todos os clubes e dependendo de uma resposta positiva dessas entidades, as duas melhores equipes, ranqueadas, com maior história no futebol piauiense, poderia subir para a primeira divisão no ano de 2019 sem a necessidade de participar da competição e ser um dos finalistas que é o que dá direito a subir, infelizmente, no mês de janeiro, quando procurei o já presidente empossado, Roberto Braw, ele perguntou se tínhamos o interesse de participar da competição, eu afirmei que queria, tinha conversado com o prefeito, que tinha garantido o apoio necessário à SEP, mas ele me repassou que não teria como colocar a equipe na primeira divisão”.
Manifestações de torcedores
Rodrigo Lima falou ainda sobre os inúmeros protestos, principalmente nas redes sociais, que pedem sua saída da presidência do time picoense. O presidente informou que está aberto ao diálogo e destacou que os esforços não dependem apenas dele, mas do Poder Público e ainda da classe empresarial.
“Nós acompanhamos algumas manifestações que circulam nas redes sociais, como torcedor eu também entendo, como presidente, eu queria dizer que estou fazendo o melhor, estou fazendo o eu pode ser feito para levar o clube à diante, mas um clube que nunca teve receita fixa, para qualquer atividade, principalmente no futebol, ele gera custos e esses custos são caros. A Sociedade Esportiva de Picos, desde a fundação tem como principal fonte de recursos a Prefeitura Municipal de Picos. Quando o time esteve em atividade, todos os anos, os prefeitos anteriores ajudaram, assim como o Padre Walmir também ajudou […]. Sobre a minha questão na presidência, pretendo continuar, com certeza, mas também sou aberto ao diálogo. Eu tenho recebido muitas manifestações dos torcedores, também por parte da ‘Comando Jovem’, que é uma torcida organizada, respeito a opinião de cada e estou aberto para conversar”, declarou o presidente.