O número de edificações em Picos apresentou uma redução considerável recentemente. O inspetor-chefe do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA), o engenheiro Francisco Das Chagas, atribui essa redução à falta de investimento do Governo Federal, principalmente a programas como Minha Casa Minha Vida.
“A construção civil é de momentos, todo e qualquer segmento da economia funciona de acordo com os investimentos do Governo Federal. Quando tínhamos o programa Minha Casa Minha Vida, trabalhando com alguns investimentos nos conjuntos habitacionais […], então não só Picos, mas o Brasil viveu um momento de grande aquecimento, onde tínhamos a geração de empregos diretos e fazia com que as famílias brasileiras tivessem uma segurança dentro da construção civil” disse.
Segundo o engenheiro, o momento agora é de crise. A expectativa é de que com o início de um novo governo, sendo ele Federal ou Estadual, sejam definidas quais serão as prioridades de investimento para o aquecimento da economia.
Francisco das Chagas ainda diz que espera que o governo que irá assumir a partir de janeiro tenha os mesmos propósitos de fazer o aquecimento econômico, principalmente investir no programa Minha Casa Minha Vida, que faz ligação direta de empregos e traz melhorias na qualidade de vida para população que trabalha com a área da construção civil.
Financiamentos
De acordo com Das Chagas, os bancos ainda investem na construção civil através de financiamentos, porém de forma mais tímida do que era registrado há cinco ou seis anos. Ele diz também que acredita que o mercado imobiliário voltará a crescer na cidade de Picos, porém não será dentro de uma grande proporção como era antes.
O inspetor-chefe do CREA comenta que teve um período que o setor estava tão aquecido que nem mesmo os engenheiros e profissionais das construtoras estavam dando conta de tanta demanda.
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Texto: Simone Alencar