Aconteceu na manhã desta quinta-feira (2) na praça Felix Pacheco um movimento de enfrentamento ao feminicídio e o lançamento de um painel que retrata as mortes de mulheres por questões de gêneros.

De acordo com a coordenadora dos Direitos da Mulher em Picos, Maria José do Nascimento, a Nega Mazé, essas ações são importantes para orientar a sociedade picoense para a grande incidência de violência contra as mulheres na região.

“Queremos tornar eficiente a lei do feminicídio. Esse painel é a primeira iniciativa, a comunidade está alerta para o que está acontecendo, a gente está sempre lembrando a sociedade da aplicabilidade da lei”, resumiu.

Nega Mazé falou ainda que o movimento Hip Hop vem ajudando a coordenadoria na elaboração do painel. “E nós estamos dizendo ali no painel, para de matar mulheres, abaixo o feminicídio”, disse.

O ouvidor Geral do Município, Zacarias Teixeira, esteve presente no evento e destacou que os números de mulheres mortas pelos companheiros são alarmantes.

“Esse evento é de uma importância muito grande, principalmente para as mulheres, para que elas venham para a linha de frente. Têm muitas mulheres sendo mortas, violentadas pelos seus companheiros, queremos que elas sejam as primeiras a denunciarem, a gente vê muitos casos acontecendo e ficando em vão, até pelo medo que elas têm em denunciar”, pontuou.

O conselheiro fiscal do movimento coletivo Multiplicidade, Elves Brito, contou sobre a importância dos movimentos no enfrentamento contra a violência e a desigualdade.

“O nosso interesse é baseado na vivência mesmo, e estávamos percebendo o momento brasileiro desde sempre com desigualdade em várias áreas, esmagando minorias éticas, raciais e como todo jovem, temos pensamentos críticos relacionados a isso e tiramos forças para continuar lutando contra as desigualdades”, disse.

Foto: Movimento Hip Hop de Picos

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NEGA MAZÉ-

ZACARIAS TEIXEIRA

ELVES BRITO