Os piauienses vêm cada vez mais se destacando no cenário nacional, seja na sua beleza, culinária, educação, cultura, turismo e esporte. Este último subiu mais uma categoria na modalidade karatê após a participação de três jovens da região semiárida no Campeonato Brasileiro de Karatê Interestilos 2017, que aconteceu em São Paulo de 15 a 19 de novembro.
Os três jovens atletas da cidade de Picos — Vanessa Ibiapina da Costa, João Paulo e Júlia França — trouxeram duas medalhas da competição. O trabalho em equipe resultou na vice-liderança do Brasileirão de Karatê.
O professor e técnico da academia ASKAPI de Picos, Francisco Arcanjo, lembra que a equipe de atletas trouxe resultados positivos para todo o Estado do Piauí. “Conquistamos duas medalhas no Campeonato Brasileiro, somos hoje vice-campeões de karatê, oficialmente”, frisa.
Francisco Arcanjo explica que a atleta Vanessa Ibiapina conquistou as medalhas de prata e bronze em duas modalidades, já João Paulo e Júlia França fizeram boas apresentações, mas não conquistaram medalhas. “Estamos felizes, Picos está feliz, o nosso estado está de parabéns por ter conquistado essas duas medalhas”, comemora o professor.
Ele afirma que esse ano a competição contou com mais de 1.400 caratecas inscritos e estava mais acirrada em relação a edições anteriores. “O brasileirão esse ano realmente estava muito difícil, altíssimo nível”, comenta o professor.
Do sertão do Piauí para Escócia
Depois de um campeonato difícil, agora é a hora de pensar alto. Os três atletas picoenses foram classificados para o mundial de Karatê que acontecerá no próximo ano, na Escócia, no Reino Unido.
Agora, Francisco Arcanjo diz que o próximo passo é um treinamento árduo. “Temos seis meses para trabalhar em cima, correr atrás, uma batalha muito árdua, assim como foi para esse Brasileirão”, ressalta.
Falta recursos do poder municipal
O professor diz que faltam recursos do poder público, em consequência, os atletas precisam de ajuda para custear suas despesas e para as viagens. Os recursos, no momento, estão vindo de órgãos privados. “A gente precisa de mais incentivo por parte do poder público municipal e estadual. Alguns empresários já estão nos apoiando, já enxergam a gente com outros olhos”, finaliza Francisco Arcanjo.