A farmacêutica EMS prevê lançar em agosto as primeiras versões brasileiras de canetas para tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade. Com produção autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado, a empresa afirma que as medicações nacionais devem custar entre 10% e 20% menos que as marcas de referência atuais.
Segundo a farmacêutica, a fabricação será 100% brasileira e visa competir com o mercado internacional. A previsão é de que cerca de 200 mil canetas sejam produzidas nos primeiros meses de lançamento, ainda em 2025. Em um ano, deverão ser disponibilizadas mais de 500 mil unidades.
Os produtos terão como base a liraglutida, uma substância que imitam a ação do hormônio intestinal GLP-1, sinalizando saciedade ao cérebro e regulando os níveis de glicose. Dessa forma, ela faz com que o apetite seja reduzido ao mesmo tempo em que aumenta os níveis de insulina, equilibrando a quantidade de açúcar no sangue.
A empresa também já se prepara para o lançamento de sua versão com semaglutida em 2026, quando a patente do medicamento expirará no Brasil. As medicações começaram a ser fabricadas em fase piloto no ano passado, na nova fábrica da farmacêutica, em Hortolândia (SP). A unidade foi primeira do País destinada à produção local das moléculas de liraglutida e semaglutida.
A liraglutida “imita” o GLP-1, hormônio produzido pelo intestino e liberado na presença de glicose, sinalizando ao cérebro que estamos alimentados. Dessa forma, ela faz com que o apetite seja reduzido ao mesmo tempo em que aumenta os níveis de insulina, equilibrando a quantidade de açúcar no sangue. Os medicamentos à base dessa substância são de uso diário.