As instituições de saúde piauienses registraram, entre agosto de 2023 e julho de 2024, 9,6 mil falhas na assistência à saúde. Os incidentes incluem evasão de pacientes e lesões por pressão. Os dados foram levantados pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), com base em informações divulgadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O levantamento da ONA considerou hospitais, clínicas, ambulatórios e serviços de urgência e emergência, diálise e radiologia. Em todo o país, quase 400 mil falhas foram contabilizadas no período da pesquisa.
A falha na assistência à saúde mais comum nas instituições piauienses, segundo a ONA, é a evasão do paciente; ou seja, quando ele deixa o local em que está recebendo atendimento por decisão própria. Segundo a gerente de operações da Organização, Gilvane Lolato, o paciente se evade dos locais por causa da demora no atendimento, por está cansado ou por não gostar do atendimento.
A segunda falha mais comum no estado é a lesão por pressão, uma ferida causada na pele do paciente internado por um período considerável. Ela pode ser provocada pelo atrito com a cama ou maca se não houver uma movimentação adequada por parte do paciente ou dos profissionais de saúde.
Já a falha propriamente dita na assistência envolve, por exemplo, diagnósticos errados ou atrasados e tratamentos inadequados. Por fim, a falha na identificação do paciente ocorre nos casos em que ele ou não recebeu atendimento, ou recebeu no tempo errado ou foi confundido.
De acordo com os dados, entre agosto de 2023 e julho de 2024 o Piauí registrou: 2.021 evasões de pacientes, 2.016 lesões por pressão, 1.735 falhas durante a assistência à saúde, 1.450 falhas na identificação de pacientes, 706 falhas envolvendo sondas, 404 quedas de pacientes e 41 falhas durante algum procedimento cirúrgico.