O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última sexta-feira (23) os dados do Censo Demográfico 2022, trazendo um panorama detalhado sobre a população com deficiência no Brasil. No município de Picos, 8,4% dos habitantes possuem algum tipo de limitação funcional, o que representa cerca de 6.855 pessoas. A deficiência visual é a mais comum, afetando 4,7% da população — aproximadamente 3.800 pessoas.
O coordenador de comunicação do IBGE no Piauí, Eider Mendes, destacou que o município apresenta um percentual abaixo da média estadual, que é de 9,3%. “Mesmo sendo um índice inferior ao do estado, Picos ainda tem um número significativo de moradores que enfrentam barreiras no dia a dia, seja na mobilidade, na comunicação ou no autocuidado”, explica Mendes.
Além da deficiência visual, outros tipos de dificuldades também foram registradas no município:
Locomoção: 3,2% da população enfrenta desafios para andar ou se movimentar.
Audição: 1,5% dos moradores têm dificuldades para ouvir.
Cognição e comunicação: 1,3% apresentam limitações para interagir e compreender informações.
Uso dos membros superiores: 1,3% têm dificuldades para utilizar braços, ombros ou mãos.
Outro dado relevante levantado pelo censo foi a prevalência do transtorno do espectro autista (TEA). Pela primeira vez, a pesquisa incluiu informações sobre o diagnóstico médico de autismo, revelando que 1,3% da população de Picos tem laudo médico confirmando o transtorno. “O levantamento mostrou que o autismo é mais frequente entre os homens, com 1,6% diagnosticados, enquanto entre as mulheres esse número é de 1%”, pontua Mendes.
Com relação aos domicílios, o levantamento apontou que 19,1% das residências em Picos possuem pelo menos uma pessoa com deficiência, o que equivale a praticamente 1 em cada 5 casas. Além disso, 3,1% dos domicílios têm ao menos um morador com diagnóstico de autismo.
As informações divulgadas pelo IBGE são fundamentais para embasar políticas públicas que promovam a inclusão e garantam melhor qualidade de vida para a população. “Esses números ajudam a compreender melhor a realidade do município e a definir estratégias mais eficazes para atender às necessidades das pessoas com deficiência e suas famílias”, finaliza Mendes.