O Procon do Ministério Público do Piauí (MPPI) emitiu um alerta à população sobre os riscos do consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Casos recentes de intoxicação por metanol, encontrados em bebidas “batizadas” como gin, vodca e uísque, têm resultado em internações graves e até óbitos, conforme divulgado pela imprensa nas últimas semanas.
Diante desse cenário, o órgão de defesa do consumidor reforça a divulgação de seus canais de contato. As denúncias podem ser formalizadas pelo e-mail atendimentoprocon@mppi.mp.br.
“É fundamental que a população fique atenta aos sinais que podem indicar adulteração. Entre eles estão preços muito abaixo do mercado, rótulos com erros de impressão, lacres violados, embalagens de aparência descuidada, ausência de nota fiscal, além de cheiro ou sabor diferentes do habitual”, destacou o Coordenador Geral do Procon/MPPI Nivaldo Ribeiro.
O Procon/MPPI também informou que realizará operações conjuntas de fiscalização com outros órgãos, a fim de prevenir e coibir a comercialização de bebidas adulteradas no estado.
Em Parnaíba, paciente está internado com suspeita de intoxicação
O paciente está internado no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, com suspeita de intoxicação por metanol. Caso seja confirmado, este poderá ser o primeiro registro da substância no Piauí.
De acordo com informações preliminares, a suspeita é de que o homem tenha ingerido bebida alcoólica adulterada. Após o consumo, ele apresentou dores abdominais, episódios de vômito e visão turva, sintomas típicos de intoxicação por metanol. O caso, entretanto, segue em investigação pelos serviços de saúde do estado.
No Brasil, até esta sexta-feira (3), 113 casos de intoxicação por metanol após a ingestão de bebida alcoólica haviam sido registrados em todo o país, informou o Ministério da Saúde. A pasta começou a divulgar um boletim diário dos casos, com base nos dados enviados pelos estados. Ao todo, são 11 casos confirmados e 102 em investigação. Na divisão por estados, São Paulo lidera com 101 registros (11 confirmados e 90 em investigação).