O Banco Central adiou o lançamento do Pix parcelado, que estava programado para este mês de setembro. A nova funcionalidade ainda passará por mais etapas de regulamentação antes de ser oferecida ao público. Segundo as informações, o atraso deve ser de cerca de 3 meses.
Ataques virtuais recentes, com desvios milionários, influenciaram a decisão da autoridade monetária. O cronograma revisado projeta que as regras do Pix parcelado fiquem prontas em outubro, enquanto o manual de experiência do usuário e os procedimentos operacionais devem ser apresentados em dezembro.
Depois disso, haverá um período de convivência entre os produtos atuais e o novo sistema. Além da questão das fraudes, um desafio do BC envolve o endividamento dos brasileiros. O risco é que a modalidade confunda consumidores, que podem pensar estar fazendo uma transferência parcelada quando na verdade estão contraindo um empréstimo com juros.
O BC tenta estabelecer regras claras sobre transparência nas taxas e consequências em caso de inadimplência. Atualmente, alguns bancos já oferecem versões independentes do Pix parcelado, com taxas que variam entre 1,59% e 9,99% ao mês, dependendo do perfil do cliente.