A Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Piauí registrou, entre janeiro e setembro de 2025, um total de 70.328 infrações de trânsito nas rodovias federais que cortam o estado. O número representa um aumento de 7,82% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizadas 64.828 autuações.

Segundo a corporação, o crescimento está diretamente ligado à intensificação da presença policial nas estradas, que tem resultado em maior número de flagrantes de condutas de risco.

Infrações mais recorrentes

Entre as principais irregularidades registradas pela PRF em 2025, destacam-se:

• Conduzir veículo não devidamente licenciado – 4.530 ocorrências
• Dirigir sem CNH/PPD/ACC – 4.477 ocorrências
• Conduzir motocicleta sem capacete – 4.467 ocorrências
• Desobedecer ordens da autoridade de trânsito – 4.300 ocorrências
• Ultrapassagens em faixa contínua (contramão) – 3.829 ocorrências

Somadas, essas cinco infrações correspondem a mais de 21 mil autuações, quase um terço do total registrado no período. A maioria ocorreu nos dias úteis (69%), contra 31% nos finais de semana.

Queda nos acidentes 

Desde julho deste ano, a PRF passou a realizar 40 operações a mais por mês no estado, distribuídas entre as cinco delegacias regionais. Cada unidade executa, no mínimo, duas operações urbanas adicionais por semana, com foco em coibir excessos de velocidade, fiscalizar veículos irregulares e intensificar a presença em trechos críticos.

Comparando junho a setembro de 2024 e 2025, os indicadores mostram:

• Sinistros totais: queda de 7,45% (de 537 para 497)
• Sinistros graves: queda de 17,24% (de 232 para 192)
• Feridos: queda de 10,86% (de 608 para 542)
• Mortos: queda de 14,29% (de 63 para 54)

Motociclistas concentram maior risco

Os dados também revelam que os acidentes com motocicletas permanecem como um dos principais desafios. Entre janeiro e setembro, foram 583 sinistros envolvendo motociclistas, que resultaram em 659 feridos e 65 mortes.

Além dos condutores, 141 passageiros também se envolveram nos registros, evidenciando que o impacto desses acidentes atinge famílias inteiras. O elevado número de feridos pressiona ainda mais o sistema público de saúde.

“De forma geral, o aumento da fiscalização da PRF tem dois aspectos: um muito positivo, que é o resultado, a preservação da vida; e outro muito negativo, que é o fato de só termos conseguido impactar os índices de mortalidade por meio de muita autuação, aplicação de multas e recolhimento de veículos irregulares”, destacou Fabrício Loyola, Superintendente da PRF no Piauí.