Nos últimos meses, cresceu o número de golpes envolvendo a invasão de contas de WhatsApp no Piauí. Criminosos assumem o controle de contas e enviam mensagens fraudulentas para os contatos da vítima, aproveitando a confiança já existente para aplicar diferentes tipos de golpes.
De acordo com o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), a prática criminosa ocorre, na maioria das vezes, por meio de engenharia social. Os golpistas induzem a pessoa a fornecer o código de seis dígitos enviado por SMS pelo próprio WhatsApp. Sem medidas de segurança adicionais, o usuário perde imediatamente o acesso e os invasores passam a controlar a conta.
Para evitar o problema, o Procon recomenda a ativação da Verificação em Duas Etapas e das Chaves de Acesso do aplicativo. A primeira consiste no uso de uma senha de seis dígitos para novos logins, enquanto a segunda substitui o código por SMS por mecanismos de autenticação biométrica, como reconhecimento facial ou impressão digital.
O coordenador-geral do Procon/MPI, Nivaldo Ribeiro, reforçou a importância da adoção dessas medidas extras de proteção. "O criminoso, ao ver todas as suas conversas e mandar mensagens de golpe para seus entes queridos, é algo que precisamos combater. Nosso WhatsApp é como nosso carro: precisamos deixá-lo muito bem protegido e 'trancado' para dificultar o acesso dos criminosos", destacou.
O alerta integra o programa Alerta Digital, iniciativa do Procon/MPPI em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI). A ação busca analisar dados sobre crimes virtuais, identificar os golpes mais recorrentes e compreender o modo de atuação dos criminosos. O objetivo, segundo o MPPI, é ampliar a divulgação dessas informações e adotar estratégias preventivas, evitando que mais usuários sejam vítimas de golpes virtuais no estado.
Golpe do "familiar em apuros" foi o mais praticado em agosto no Piauí
O golpe do "familiar em apuros" foi o mais frequente entre as fraudes virtuais registradas no Piauí no mês de agosto. Segundo dados divulgados pelo Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) na última terça-feira (9), foram 127 ocorrências desse tipo, o que representa cerca de 20% dos 640 boletins de ocorrência relacionados a crimes digitais no período.