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Governo prevê superávit e salário mínimo de R$ 1.630 para 2026, mas matemática não fecha

Proposta inclui crescimento de 2,5% no PIB, inflação de 3,5% e salário mínimo de R$ 1.630, com maior parte do orçamento para o Executivo.

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
15/04/2025 às 23h53 Atualizada em 16/04/2025 às 00h08
Governo prevê superávit e salário mínimo de R$ 1.630 para 2026, mas matemática não fecha
Especialistas apontam que a inflação foi subestimada e o PIB superestimado – REUTERS/Bruno Domingos.

O Ministério do Planejamento e Orçamento divulgou, nesta terça-feira (15), os parâmetros para o orçamento federal de 2026. A proposta, inserida no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), prevê um superávit primário de R$ 34 bilhões, equivalente a 0,25% do PIB. Essa meta está em conformidade com o arcabouço fiscal, que exige que o governo tenha um gasto inferior à arrecadação.

A inflação prevista para o próximo ano é de 3,5%, enquanto o PIB deve crescer 2,5%. O salário mínimo estimado é de R$ 1.630, com o valor final a ser definido em novembro, conforme a correção pelo INPC. O secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, destacou que a projeção atual será revisada após a divulgação do índice em novembro.

As despesas previstas no orçamento poderão atingir R$ 2,43 trilhões, baseadas na inflação mais 2,5%. A maior parte (96,1%) será destinada ao Poder Executivo, enquanto o Judiciário receberá 2,6%, o Legislativo 0,8%, e o Ministério Público e a Defensoria Pública, juntos, 0,4%.

A dívida pública deve atingir 81,9% do PIB. A LDO é uma das leis do ciclo orçamentário e define as diretrizes dos gastos previstos no Plano Plurianual (PPA), válido até 2027. Após sua aprovação, o Congresso votará a Lei Orçamentária Anual (LOA), que detalha as receitas e despesas para o ano seguinte. A LOA de 2025 foi aprovada em março, gerando limitações para os gastos iniciais do governo.

Inflação subestimada e PIB superestimado

Embora o governo tenha projetado uma inflação de 3,5% para 2026, especialistas apontam que essa estimativa pode estar subestimada. A inflação de alimentos, que tem afetado diretamente a população, não foi totalmente contemplada, e o impacto de fatores externos, como a inflação global e o aumento nos custos de commodities, pode resultar em uma pressão maior sobre os preços.

Além disso, a previsão de crescimento do PIB de 2,5% pode ser excessivamente otimista, considerando os desafios econômicos enfrentados pelo país, como a inflação persistente, a alta carga tributária e os impactos de políticas monetárias restritivas. O crescimento global mais modesto e as incertezas políticas também devem influenciar negativamente o desempenho da economia brasileira, o que pode resultar em uma desaceleração maior do que a projetada.

Esses fatores indicam que o governo pode precisar ajustar suas projeções ao longo do ano, caso os indicadores econômicos mostrem desvios significativos em relação às estimativas atuais.

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