Mesmo com a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre o mel brasileiro, o Piauí conseguiu manter bons resultados nas exportações em agosto. O estado registrou vendas externas de US$ 104,9 milhões (R$ 566,2 milhões), com um superávit de US$ 91,4 milhões (R$ 493 milhões). Somente o mel, apesar da taxação, respondeu por 2,6% do total exportado, alcançando US$ 2,7 milhões.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Além do mel, os principais produtos exportados foram: soja, com participação de 94,8% (US$ 99,4 milhões); outras gorduras e óleos animais e vegetais, com 0,9% (US$ 944,2 mil); algodão bruto, com 0,5% (US$ 524,6 mil); álcoois, fenóis e fenóis álcoois, com 0,3% (US$ 314,7 mil); e crustáceos, moluscos e invertebrados aquáticos, com 0,2% (US$ 209,8 mil).
Segundo Deusval Lacerda, superintendente do Desenvolvimento Econômico do Piauí, a tarifa norte-americana trouxe impactos ao setor, considerado o principal fornecedor para aquele mercado.
“A SDE, em parceria com a Investe Piauí, tem acompanhado de forma permanente os impactos da nova política tarifária dos Estados Unidos, que atingem diretamente o setor de mel no Piauí. Desde o episódio das 95 toneladas exportadas via Porto do Pecém, o Governo do Estado atuou de imediato, em diálogo com o Governo Federal, apicultores e cooperativas, assegurando a continuidade das operações. Nosso foco é proteger os exportadores piauienses e fortalecer toda a cadeia produtiva”, disse Deusval Lacerda.
Para reduzir os efeitos das taxações, o mercado tem buscado alternativas. A cooperativa Comapi, por exemplo, exportou pela primeira vez mel para o Japão. Além disso, o Governo do Piauí adquiriu 11 toneladas do produto para a merenda escolar.