A inflação oficial medida pelo IPCA subiu 0,56% em março, segundo o IBGE. A variação veio em linha com as projeções do mercado e representa uma desaceleração em relação a fevereiro, quando o índice havia subido 1,31%.
Com o resultado, o IPCA acumula alta de 2,04% no ano e de 5,48% em 12 meses — acima do teto da meta do Banco Central, que é de 4,5%.
O grupo Alimentação e bebidas teve a maior alta do mês, com avanço de 1,17%, respondendo por 45% do IPCA. Os destaques foram tomate (22,55%), ovo de galinha (13,13%) e café moído (8,14%). Segundo o IBGE, o calor e a falta de chuvas afetaram lavouras, enquanto a demanda maior na quaresma influenciou o preço dos ovos.
A alimentação no domicílio subiu 1,31%. Já fora de casa, a alta foi de 0,77%, com aumento de 3,48% no cafezinho e 0,86% nas refeições.
Outros grupos também subiram. Despesas pessoais (0,70%) foram puxadas por cinema, teatro e concertos (7,76%), com impacto do fim da “Semana do Cinema”. Transportes subiram 0,46%, com destaque para passagens aéreas (6,91%). Gasolina (0,51%) e diesel (0,33%) também influenciaram, mas com ritmo menor que no mês anterior.
Em Vestuário (0,59%), os preços subiram após um mês de estabilidade, com aumentos em roupas masculinas, femininas, infantis e calçados.
Habitação teve avanço mais moderado (0,29%) após o pico de fevereiro (4,44%) causado pelo fim do desconto do Bônus de Itaipu. A energia elétrica, que havia subido 16,80% no mês anterior, desacelerou para 0,12%.
A inflação dos serviços também cedeu, passando de 0,82% para 0,62%. Já os preços monitorados recuaram de 3,16% para 0,18%. Em 12 meses, esses grupos acumulam altas de 5,88% e 5,12%, respectivamente.