A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta terça-feira (1º), que o Instituto Butantan faça os ensaios clínicos, em humanos, da primeira vacina contra a gripe aviária. Os testes pré-clínicos, em animais, foram realizados com cepas vacinais cedidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O imunizante está em desenvolvimento desde janeiro de 2023 e utiliza a mesma tecnologia da vacina contra a influenza sazonal. Ainda que a gripe aviária em humanos seja uma doença esporádica, o objetivo do Instituto Butantan é preparar o país para o enfrentamento de potenciais pandemias, a partir do aprendizado da pandemia de covid-19.
Segundo especialistas do instituto e de outras organizações de saúde brasileiras, a gripe aviária tem potencial de causar uma nova pandemia, sobretudo o subtipo H5N1, que tem taxa de letalidade de 50% em humanos. De acordo com o Butantan, o intuito é ter um estoque de vacinas feitas com três cepas vacinais da influenza aviária.
As cepas chegaram via Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, e pelo Instituto Nacional de Controle e Padrões Biológicos (NIBSC), do Reino Unido, conforme alinhamento com a OMS.
Os estudos pré-clínicos foram finalizados com resultados favoráveis de segurança e imunogenicidade, ou seja, capacidade de provocar resposta imune. Os resultados indicam que a candidata à vacina contra a gripe aviária do Butantan é promissora.