Após uma reunião que aconteceu nesta quarta-feira (22), no Ministério do Trabalho, em Teresina, com representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Picos (Sintracs) e do Sindicato dos Lojistas do Piauí (Sindilojas), foi determinado o reajuste do salário dos trabalhadores do comércio de Picos e de farmácias.
O presidente do Sintracs, Marcos Holanda, falou que a cada ano que passa as negociações são mais difíceis, mas que a proposta final foi satisfatória, visto que o reajuste do salário de Picos ficou em um percentual maior que o que foi dado ao salário mínimo nacional. O acordo ficou acima ainda do percentual reajustado para Teresina, Parnaíba e Floriano.
“Nós fechamos um acordo que ainda deixa o sindicato de Picos com o salário maior do que o da capital, para nós é um avanço muito grande, levando em conta que hoje, cidades como Parnaíba, Floriano fecharam um acordo desfavorável para os trabalhadores, mas em Picos não. A gente achava que se não fosse um salário conveniente pelo menos com a inflação, a gente não fecharia, mas depois de uma batalha muito grande, fechamos o salário de Picos para R$:1.140,00”, disse.
Atualmente o salário base do comércio de Picos é de R$ 1.095,00. O setor de farmácia paga R$ 1.175 e com o aumento, ambos chegam a R$: 1.140,00. O reajuste dado foi de 4.11%, maior que do ano de 2019, que foi de 3.79%.
O Sintracs chegou a pedir um aumento de 5%, mas aceitaram a proposta por entender que a conjuntura econômica para os pequenos empresários não está favorável.
“Foi um embate muito grande, mas nós fechamos a convenção, hoje está cada dia mais difícil. Nós tivemos uma conquista, que é pelo menos manter um patamar que podemos dizer que a gente pode até não ter um ganho muito maior, mas pelo menos a gente manteve o que tivemos em anos anteriores, onde o reajuste ficou entre 9% e 10% acima do salário mínimo nacional, e a gente conseguiu ficar nesse percentual”, acrescentou.
O presidente do Sindilojas, Tertulino Passos, também opinou sobre a reunião e disse que a atual situação econômica do país, foi levada em conta na hora de determinar o valor final.
“Foi positivo para os dois lados, a gente já chegou em um entendimento, cada um tem suas opiniões e essas são respeitadas por ambos os sindicatos[…]. Para fechar a proposta, a gente leva em conta toda a infraestrutura, a situação econômica, de como também a questão do poder econômico de cada empresa, por que quando a gente faz uma negociação coletiva dessa, não se pode pensar em um determinado segmento, porque há empresas com um e há empresas com cem, duzentos empregados, então tem que chegar em um meio termo para que a proposta possa ser benéfica para todos”, concluiu Tertulino Passos.
CONFIRA AS ENTREVISTAS:
MARCOS HOLANDA
TERTULINO PASSOS