O Centro de Testagem e Acolhimento de Picos é o único órgão do interior do estado do Piauí que dispõe do método de prevenção à infecção pelo HIV, conhecido como Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP).
Implantando no município desde maio deste ano, o método já é ofertado para pacientes considerados “população-chave”, que são as pessoas indicadas para fazer o uso de um medicamento que previne acima de 90% os riscos de contaminação do vírus da Aids. Essa população abrange pessoas trans, gays, profissionais do sexo e casais soro discordantes – quando um dos parceiros é soropositivo e o outro não.
PrEP não protege de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (tais como sífilis, clamídia e gonorreia) e, portanto, deve ser combinada com outras formas de prevenção, como a camisinha. Profissionais que atuam na área da saúde e manuseiam materiais perfurocortantes também podem se proteger através do PrEP.
A coordenadora do CTA de Picos, Isabel Pontes, destaca que as pessoas que se encaixam no público alvo do tratamento podem procurar o centro para solicitar o início do tratamento para evitar um possível contágio.
“A gente libera a medicação, é só um comprimido que você vai usar diariamente, vai evitar que você contraia o vírus do HIV […]. Nós implantamos esse programa junto com Teresina, que são os únicos municípios no Piauí a ter a PrEP”, informou.
O PrEP é diferente do PEP (Profilaxia Pós-Exposição). O primeiro é para aquelas pessoas que não tiveram contato com o vírus e caso tenham, se estiverem tomando a medicação de forma regular, se protegem do contágio. Já o segundo, é para aqueles que podem ter tido o contato com uma pessoa infectada, como por exemplo, um abuso sexual e a vítima pode ter tido o contágio com o vírus após o estupro, no caso, a PEP é uma medida de urgência à infecção pelo HIV após um possível contato.
A coordenadora informou ainda a importância do uso do preservativo, pois a medicação não previne o paciente de outras doenças sexualmente transmissíveis.
CONFIRA A ENTREVISTA COM ISABEL PONTES
O médico clínico geral que atua no CTA de Picos, Alexandre Costa, explica com mais detalhes detalhes sobre a medicação.
ALEXANDRE COSTA –