As abelhas podem estar sofrendo ataques criminosos na região Sul do estado. A denúncia foi feita durante uma reunião na manhã desta terça-feira, 26, na Secretária Estadual da Segurança Pública com a presença do secretário Rubens Pereira, delegada de Proteção ao Meio Ambiente Edenilza Viana, do presidente das Câmaras Setoriais do Piauí Paulo Henrique Miranda, tenente-coronel Walber Leite, capitão Josué Eugênio e produtores de mel da região.

De acordo com Paulo Henrique Miranda, o fato ocorreu recentemente na região de Monsenhor Hipólito, 378 km ao Sul do Estado. “Estamos suspeitando que houve um envenenamento de colmeias com o uso de produtos químicos, não podemos ver o nosso mel contaminado, principalmente com produto químico”, alertou o presidente acrescentando que a ação foi percebida após encontrar abelhas mortas dentro das colmeias. “O apicultor chegou no local de produção e se deparou com a cena das abelhas mortas dentro das colmeias e isso é um primeiro sinal de envenenamento”, alertou confessando que não é a primeira que se tem conhecimento deste tipo de crime contra as abelhas.

O Piauí hoje é o terceiro maior produtor de mel do Brasil, e o primeiro entre os estados do Nordeste. No passado foi exportado em torno de R$ 50 milhões de reais de mel para diversos países. “Este mel é exportado, 90% para os Estados Unidos, com o selo de orgânico, ataques como este nos gera uma preocupação muito grande no sentido de que o nosso mel não pode perder essa característica tão valorizada no comércio internacional”, disse o coordenador das Câmaras Setoriais, Sérgio Vilela.

O Secretário de Segurança, Rubens Pereira, declarou durante o encontro que o caso será investigado com rigor. “Vamos reforçar a Segurança, realizar uma frente de ações integradas em parceria com o Batalhão de Policiamento Especializado, com a Delegacia Regional de Picos e a Secretaria de Desenvolvimento Rural para neste primeiro momento chegar autoria do crime, mas também vamos realizar uma campanha para levar até os apicultores e a população de forma geral a gravidade do caso e as consequências negativas para todos nós, prejuízo ambiental, social e econômico”, concluiu.

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