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Picoenses se manifestam contra os cortes na educação e reformas do governo

Manifestações contra os cortes na educação de instituições federais estão sendo realizadas em todos os estados brasileiros. Em Picos, estudantes, professores e movimentos sociais e sindicais participaram de uma caminhada da Igrejinha do Sagrado Coração de Jesus, até a Praça Félix Pacheco.

O professor do Instituto Federal do Piauí, unidade de Picos, Rodrigo Gerolineto, fala que o campus já está sentindo as dificuldades do bloqueio financeiro estabelecido pelo Governo. Ele conta que já falta até papel para a impressão de provas dos alunos.

Professor do IFPI, Rodrigo Gerolineto (Foto: Daniela Meneses)

“No Instituto Federal, a gente sempre procurou usar os recursos de modo racional, e sempre tivemos dificuldades, inclusive em governos anteriores, mas agora, o que está em jogo é o futuro desses jovens, o futuro do desenvolvimento da região de Picos. Hoje a gente já tem falta, por exemplo, de papel para a impressão de provas e é comprometedor para o funcionamento da instituição no próximo semestre desses cortes que estão sendo propostos”, relatou.

Isabel Silva, integrante do Comitê de Lutas, fala da importância do evento e da necessidade de toda a sociedade reivindicar seus direitos, principalmente no que se refere à educação.

Isabel Silva, integrante do Comitê de Lutas

“Hoje, dia 30 de maio, é uma agenda puxada pela União Nacional dos Estudantes, a UNE, em defesa da educação, porque os cortes, mesmo que está sendo veiculado que estão sendo reduzidos, que o governo devolveu uma parte; isso é só tentativa do governo de desmobilizar as ações de rua, mas hoje é um dia de luta, em defesa da educação pública gratuita de qualidade e a gente diz não aos cortes na educação”, pontuou.

O professor do curso de história na Universidade Federal do Piauí, campus de Picos, Augustinho Coé, fala que os estudantes estão sendo protagonistas das suas próprias causas. O professor destacou ainda que a pauta da manifestação integra também as reformas propostas pelo Governo, sobretudo a da Previdência.

Professor da UFPI, Augustinho Coé

“A gente está engrossando esse movimento, em companhia de todos os estudantes do ensino básico, do ensino superior, toda a comunidade picoense, exatamente para que a gente possa mobilizar a população contra essas atrocidades que estão sendo cometidas à classe trabalhadora brasileira, em relação à Reforma da Previdência, em relação à Reforma Trabalhista, ao corte nos recursos da educação, que atinge as universidades, o ensino básico e atinge toda população. Então a gente precisa nesse momento de uma mobilização coletiva, de uma sensibilidade das pessoas em relação às causas que não são causas somente da educação, mas que envolve todos nós”, acrescentou.

O aluno de química do IFPI, Arthur Silva, fala da importância da unificação de toda classe estudantil e falou que a balbúrdia da educação é apresentar projetos, iniciações científicas e pesquisas que são desenvolvidas em instituições de ensino.

Estudante do IFPI, Arthur Silva

“Exigimos uma educação pública de qualidade, hoje viemos às ruas para falar, ‘nem corte’, ‘nem contingenciamento’, porque a educação precisa é de mais investimentos. E hoje nós viemos para a rua para mostrar a verdadeira balbúrdia da educação, que é a apresentação de projetos de extensão, de pesquisa, cultura e mostrar que as escolas públicas produzem e que é o futuro da sociedade”, defendeu.

Conforme o G1, até por volta de 12h30, ao menos 54 cidades de 18 estados e do Distrito Federal haviam tido manifestações.

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RODRIGO GEROLINETO

ISABEL SILVA

AUGUSTINHO COÉ

ARTHUR SILVA