Para comemorar seus 38 anos de existência na cidade de Picos, o grupo de Alcoólicos Anônimos (AA), realizou na manhã desta quinta-feira (21) na sede do ESLAA (Escritório de Serviços Locais dos Alcoólicos Anônimos), um café da manhã para a imprensa e público afins. A reunião trouxe a temática: Salvando vidas e recuperando lares do alcoolismo.

De acordo com o representante nacional dos AA, essa é uma data muito especial para a entidade, que ao longo desses 38 anos, já contribuiu no controle da doença de muitas pessoas.

“A importância do grupo para a vida do alcoólatra é muito grande, ele nos ajuda a nos recuperar, a proposta de lá é essa, recuperar e manter a sobriedade em quem já estar no grupo e proporcionar a recuperação a outros que ainda estão sofrendo com o alcoolismo”, disse.

Um colaborador da entidade, acredita que exemplos dentro do grupo são fundamentais para que se mantenha a força de vontade necessária.

“Eu tive essa oportunidade de chegar a uma sala de alcoólicos anônimos no final de 1988, não nas condições físicas que hoje me encontro, eu cheguei aqui pesando 48 quilos, e eu acreditava na proposta de vida do programa alcoólatras anônimos. Naquela primeira reunião eu admitia que era um fracassado, que eu tinha perdido o domínio da minha vida, e foi através dessa admissão que pude dar o primeiro passo e me foi oferecido o programa”, pontuou.

O prefeito de Picos, Padre Walmir de Lima, comentou sobre o trabalho realizado pelo grupo na cidade.

“A gente tem uma admiração muito grande pelo trabalho realizado por esse grupo, primeiro pelo anonimato, pela simplicidade e o silêncio que eles trabalham, o objetivo desse encontro é que seja divulgado os trabalhos”, disse.

Uma das integrantes do grupo Alanon, destacou o papel da família no processo de recuperação de uma alcoólatra acompanhada pela AA.

“ Como familiar de um alcoólatra a contribuição é muito grande, além da gente procurar edificar o lar no caso da mãe de família. E fica a família totalmente frustrada cheia de reflexo do alcoolismo então a mulher é o porto seguro, até para colaborar na sobriedade deles e também para fazer o nosso tratamento a gente fica mais afetado do que o próprio alcoólatra muitas vezes a gente sobre com as consequências”, disse.

Os membros da entidade preferem manter o anonimato, evidenciado pelo próprio nome da organização. A pessoa que identifique ter problemas com o álcool pode comparecer às reuniões de um dos grupos locais, na Rua Monsenhor Hipólito, nª 25, 1ª andar, bairro: Centro.