Normalmente, a oposição é minoria nas casas legislativas e, justamente por isso, seus integrantes acabam enfrentando dificuldades e resistências políticas, tanto para apresentar e aprovar projetos quanto para exercer outras funções, especialmente a de fiscalização. Conceitualmente, são considerados de situação os partidos ou blocos parlamentares alinhados ao Poder Executivo, e oposição os partidos ou blocos que se opõem politicamente ao governo.
O prefeito de Picos, Dr. Pablo Santos (MDB), foi eleito com uma ampla base de apoio na Câmara Municipal nas últimas eleições. Seu partido, o MDB, conta com cinco parlamentares na Casa, formando a maior bancada. Além disso, sua base agrega outras siglas importantes, como PT, PSD, PSB e PCdoB.
Ao que tudo indica, passados os primeiros 100 dias de gestão, expirou o período de elogios e afagos da pequena bancada de oposição. Nas últimas sessões, os oposicionistas elevaram o tom contra o governo municipal, mas esbarram na falta de sinergia do grupo e na coesão dos governistas. Na bancada oposicionista, composta por quatro vereadores, todos do Progressistas, esse fenômeno é perceptível.
Os vereadores Afosinho e Noêmia Marques até tentam ditar o tom do debate, mas são abafados pela tropa de choque liderada pelo vereador Hugo Victor (MDB). O vereador Pedro Pio tem um perfil diplomático e moderado, só confrontando quando julga seguro fazê-lo. Já o vereador Renato Ibiapina parece pouco disposto a criticar duramente a gestão do Dr. Pablo. Por que será, hem?
Na sessão da Câmara Municipal de Picos desta quinta-feira (08), a tensão subiu entre as vereadoras Noêmia Marques (Progressistas), Creusa Nunes (MDB) e Valdivia Santos (PT). O embate se deu porque a vereadora Noêmia criticou o desempenho da pasta da educação na gestão do prefeito Dr. Pablo Santos. As duas parlamentares governistas reagiram prontamente, rebatendo os argumentos da oposicionista. Noêmia criticou a falta de estruturas adequadas nas escolas da rede municipal de ensino.
Na ânsia de defender a gestão, a vereadora Creusa afirmou que faltava noção à colega ao cobrar melhorias no desempenho de uma pasta que ela mesma havia gerido por quase quatro anos. A vereadora Valdivia corroborou com Creusa, assegurando que Noêmia estava sendo incoerente em suas críticas.
Ainda assim, Noêmia retrucou e afirmou que, na verdade, os parlamentares que foram eleitos pelo povo e não defendem seus interesses é que carecem de noção e coerência. Garantiu, ainda, que, sempre que julgar necessário, exporá possíveis erros da gestão.
Para encerrar a discussão, o vereador Hugo Victor (MDB), líder do bloco governista, declarou em alto e bom som que quatro meses são insuficientes para consertar os problemas da gestão passada. Ele afirmou que a administração atual está acendendo a chama da esperança. Um assistente presente na reunião do parlamento e defensor da gestão comentou que todas as brasas da fornalha estão acesas. Agora é esperar as labaredas subirem.
Após mais de três décadas, um picoense conseguiu sentar na mais importante cadeira do estado do Piauí, feito alcançado anteriormente pelo ex-governador Helvídio Nunes (in memoriam). Depois dele, assumiram o comando do Executivo estadual, de forma interina, o ex-vice-governador Osmar Araújo e o ex-deputado Kleber Eulálio.
Agora chegou a vez do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Severo Eulálio (MDB). Em virtude de uma viagem internacional do governador Rafael Fontes e do fato de o vice-governador, Themístocles Filho (MDB), estar de férias, Severo assumirá temporariamente o governo, segurando a caneta mais cobiçada do estado, e com muita tinta, por sinal.
Segundo uma fonte da coluna, em um município próximo à cidade de Picos, algumas figuras políticas estariam "acendendo uma vela para Deus e outra para o diabo". Ainda de acordo com essa fonte, no ano passado, esses políticos receberam apoio financeiro para suas campanhas de um determinado deputado, mas agora, na hora de retribuir, estariam tentando evitar o compromisso assumido. Pode isso, Arnaldo?
O suplente de vereador picoense Dedé Monteiro (Progressistas), que apoiou o ex-senador Elmano Férrer (Progressistas) para a Câmara Federal nas eleições de 2022, decidiu que gastará sola de sapato para outro candidato no próximo pleito. Ele fechou parceria com o deputado Florentino Neto (PT), que busca a renovação de seu mandato.
Apesar de já ter recebido inúmeros convites, o ex-vereador ainda não decidiu quem apoiará na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa. Porém, dizem as más línguas que ele não estará alinhado com nenhum postulante do espectro político do ex-prefeito Gil Paraibano e que estaria inclinadíssimo a apoiar uma candidata. Mas quem será?
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