Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) apontou diversas irregularidades na folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), no período compreendido entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2023. O relatório foi divulgado nesta quinta-feira (8).
Entre os principais achados da investigação, destaca-se a suspeita de acúmulo indevido de cargos públicos por 186 servidores e o pagamento a 10 pessoas já falecidas. A análise do TCE envolveu um montante de R$ 651.597.486,89, distribuído entre 2.167 servidores da Alepi.
A auditoria também identificou três servidores efetivos com idade superior a 75 anos, 15 beneficiários de programas assistenciais do Governo Federal recebendo salários incompatíveis com os critérios desses programas, e oito servidores com jornada de trabalho considerada incompatível. Além disso, foram encontrados casos de parlamentares recebendo remuneração superior ao teto constitucional.
Diante das irregularidades, o TCE-PI emitiu 39 recomendações ao Poder Legislativo estadual. Entre elas, está a necessidade de revisão da Lei Orgânica e do Regimento Interno da Alepi, a fim de corrigir impropriedades nos subsídios parlamentares e aprimorar os mecanismos de controle interno da instituição.