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TRE-PI intensifica preparo para as eleições gerais de 2026 com foco em segurança

Uma das grandes preocupações apontadas pelo presidente do órgão é o combate à desinformação

Por: Vanessa Maria Fonte: Cidade Verde
29/12/2025 às 11h53
TRE-PI intensifica preparo para as eleições gerais de 2026 com foco em segurança
Foto: Reprodução

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), desembargador Sebastião Martins, reforçou que o tribunal já está em plena mobilização para as eleições gerais de 2026. Segundo ele, o planejamento logístico e operacional já vem sendo desenvolvido para garantir um pleito “limpo, seguro e transparente", apesar da transição da presidência da corte marcada para abril do próximo ano.

O desembargador reforçou que as urnas eletrônicas continuam sendo submetidas a auditorias obrigatórias por lei e resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele destacou que os testes de integridade, realizados anualmente, mais uma vez comprovaram a confiabilidade e segurança do sistema.

“O brasileiro tem que confiar na urna eletrônica. É a mais rápida, segura e transparente do mundo”, disse.

Embora a mudança da presidência do tribunal esteja próxima, o presidente apontou que o TRE-PI já iniciou a articulação de equipes técnicas e administrativas para organizar a logística eleitoral de 2026, com a mobilização de servidores, juízes eleitorais e grupos de apoio em todo o estado.

"Já temos todo o planejamento e estamos preparados com todas as equipes do TRE, de modo que possamos ter, mais uma vez, em 2026, uma eleição limpa e transparente", pontuou.

Combate à desinformação: inteligência artificial e fake News

Uma das grandes preocupações apontadas pelo presidente do TRE-PI é o combate à desinformação, um fenômeno que se intensificou com o uso de inteligência artificial (IA) e conteúdos falsos nas redes sociais. O TRE-PI seguirá apoiado em mecanismos instituídos pelo TSE, que já possui um Centro de Combate à Desinformação em Brasília e orienta Tribunais Eleitorais de todo o país a criarem núcleos especializados no tema.

"A Justiça Eleitoral tem um principio que vigora, que é o princípio da igualdade de oportunidade. Uma notícia falsa pode desestabilizar um partido político e pode prejudicar o próprio processo eleitoral. Daí a importância de cada Tribunal Eleitoral possuir um núcleo de combate a desinformação", afirmou Sebastião Martins.

desembargador destacou que o tribunal piauiense instituirá, em 2026, a Comissão de Propaganda Eleitoral, cujo papel será receber e processar reclamações de notícias falsas que possam afetar a igualdade de oportunidade entre candidatos, partidos e eleitores. Ele explicou que, apesar do uso democrático da IA, há riscos reais como deepfakes, que podem imitar voz ou imagem de candidatos de forma enganosa.

Além disso, grandes plataformas digitais e Big Techs — como Meta (controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp) — têm colaborado com a Justiça Eleitoral para retirar conteúdos falsos após notificação ou ordem judicial.

"Também é importante que partidos políticos e o Ministério Público fiscalizem. A Justiça Eleitoral aguarda a manifestação, do candidato, do partido ou do MP para tomar providência", ressaltou

Segurança pública e polarização política

Sobre a segurança e a estabilidade do processo eleitoral em um cenário de polarização política crescente no país, Sebastião Martins afirmou que o TRE-PI tem trabalhado em conjunto com forças de segurança pública para mitigar crises. 

"As eleições municipais geralmente são mais acirradas. Houve muito pedido de forças federais no Piauí, foi o estado que mais requisitou forças federais em 2024. No próximo ano, a expectativa é de que seja bem menos, mas temos uma polarização no país e nossa preocupação é que o eleitor possa votar de forma livre, segura e consciente", pontuou.

Cassações e fiscalização do processo eleitoral no Piauí

Nos últimos quatro anos, o Piauí tem registrado diversos casos de cassações de mandatos municipais por irregularidades eleitorais, especialmente relacionadas à chamada fraude à cota de gênero, prática em que candidaturas femininas fictícias são usadas para cumprir a legislação que exige, no mínimo, 30% de candidaturas de mulheres.

"Após as eleições surgiram várias ações, sobretudo com fraude a cota de gênero. Infelizmente os partidos políticos usam as mulheres para burlar a legislação. Já tivemos vários casos onde o juiz eleitoral cassa a falsidade de cota de gênero. Nós temos vários processos tramitando, não sei precisar quantos, mas chegam em grau de recurso ações sobre fraude a cota de gênero", explicou.

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