
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retirou a tornozeleira eletrônica no Cime (Centro Integrado de Monitoramento Eletrônico), na manhã deste sábado (22), após ser preso preventivamente pela PF (Polícia Federal).
A retirada do equipamento foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Bolsonaro estava sob uso de tornozeleira desde 18 de julho deste ano.
Segundo a decisão que converteu a prisão domiciliar em preventiva, o ex-presidente tentou romper a tornozeleira para "garantir êxito em sua fuga". Bolsonaro tentou tirar a tornozeleira por volta da meia-noite deste sábado, consta ainda na decisão.
A prisão foi solicitada pela PF (Polícia Federal) e autorizada por Moraes, com aval da PGR (Procuradoria-Geral da República).
O ex-chefe do Executivo está preso em uma sala especial na Superintendência da PF, em Brasília.
Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que recebeu com "perplexidade" a decisão da prisão. Os advogados informaram que vão recorrer da medida imposta.
Por se tratar de uma prisão preventiva, a medida ainda não está relacionada ao cumprimento dos 27 anos e três meses da sentença dada pelo STF. O processo sobre a trama golpista está nas fases finais antes de entrar no chamado trânsito em julgado - quando não cabe mais recurso.
Ainda neste sábado, Bolsonaro foi submetido a exame de corpo de delito no INC (Instituto Nacional de Criminalística) da PF. Ele passará por uma audiência de custódia ao meio-dia deste domingo (23).




