Entre os dias 1º e 3 de setembro, cerca de 450 chamadas relacionadas a fogo em vegetação foram registradas no Piauí, segundo o Corpo de Bombeiros do Estado (CBMEPI). Somente no dia 3 de setembro, a central 193 registrou 176 ligações para incêndios.

No mês de agosto, foram 900 ocorrências de fogo em vegetação registradas pelos 8 quartéis do CBMEPI. A capital Teresina liderou o ranking com 614 ocorrências. Também apresentaram números expressivos Picos (85), Piripiri (51) e Floriano (50).

“As altas temperaturas trazem um perigo a mais para esta grande quantidade de incêndio, mas sabemos que a ação humana é o fator que contribui em mais de 90% para as causas desses incêndios”, comentou Egídio Leite, comandante de operações do CBMEPI.

"Embora nossas campanhas mostrem que a maioria desses incêndios em vegetação, também conhecidos como fogo no mato, sejam de autoria humana, as pessoas insistem em não atentar para a gravidade dessa prática, que se configura no nosso estado como crime ambiental”, completou a relações públicas do CBMEPI, Najra Nunes.

Ao calcular as chamadas relacionadas a todos os tipos de incêndios, em Teresina, foram contabilizadas mais de 2 mil no mês de agosto. O total inclui fogo em áreas urbanas, em veículos, lixo, entulhos e terrenos baldios.

Queimadas proibidas

Até o dia 15 de outubro, queimadas estão proibidas em todo o Piauí. A medida pode ser prorrogada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh) por mais 30 dias.

As exceções são:

• queima de canaviais como método para despalhar e facilitar o corte da cana-de-açúcar em unidades agroindustriais;
• e queima controlada em cursos de capacitação da Semarh ou outros parceiros institucionais em ações de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais no Piauí.

Vale ressaltar que as exceções dependem de prévia autorização emitida pela Semarh, que define, entre outras condições, os horários específicos em que a queima pode ser realizada.