Equipes de universidades do Piauí, Ceará e São Paulo estão mobilizadas para investigar as mortes de mais de 200 animais – ovinos e caprinos - em municípios piauienses e maranhenses. Os animais estão morrendo em menos de 72 horas, inchados, sem comer e beber.

Desde o mês passado, há registros de óbitos nas cidades de Curral Novo, Simões, São Francisco de Assis e Jatobá. O Ministério da Agricultura e a Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) investigam as ocorrências. 

O gerente de Defesa Sanitária Animal da Adapi, Idílio Moura, informou que a agência está acompanhando de perto as ocorrências, já realizou necropsia em animais e enviou material para os laboratórios das Universidades Federal do Piauí, Estadual do Ceará e Instituto Biológico de São Paulo. 

“Ainda não temos nenhuma conclusão sobre as mortes dos animais, o caso está em investigação. A Adapi está notificando, atendendo os produtores prejudicados e aguardando os laudos dos exames”, disse Idílio.

Lotes de vacinas estão sendo analisadas

O professor da Universidade Federal do Piauí, Williams Neves, diretor do Centro, Ciências Agrárias (CCA), informou que os primeiros casos ocorreram em sua fazenda, em Matões (MA) em 24 de julho deste ano e desde então vem sendo investigados. Ele informou há registros de mortes de ovinos (ovelhas e carneiros) e caprinos (cabras e bodes). 

“Os animais que chegaram a óbitos passaram por necropsia pelo laboratório de patologia, além de coletas de materiais. Alguns materiais foram enviados para São Paulo”, disse.

Segundo o professor, Williams, os animais que morreram têm um quadro clínico de aumento de volume no local vacinado, registros de dificuldades de andar, beber água e se alimentar. 

“É um quadro agudo, aparecem os sintomas e alguns casos em até 48h morrerem, sem responder aos tratamentos”, disse Williams. 

Os registros de mortes de animais ocorrem no Piauí, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte e Pernambuco.