Com a administração periódica da vacina contra a Febre Aftosa no estado do Piauí, há muitos anos não há registro de casos dessa doença em bovinos. De acordo com o médico veterinário e empresário, José Matias, a aftosa é uma zoonose, mais propícia a ocorrer no período chuvoso e acomete principalmente bovinos e bubalinos, podendo ser transmitida para o ser humano através do contato direto e pela ingestão da carne ou leite do animal infectado.
“Não só a carne, mas também o leite pode contaminar as pessoas que apresentarão os mesmos sintomas que ocorrem nos animais, por conta disso tem que haver sempre o cuidado de vacinar os animais, e a população no momento de consumir a carne que seja bem cozida e o leite bem fervido para que evite a transmissão do vírus”, explicou Matias.
Diante da baixa procura da vacina contra a febre aftosa por parte dos criadores, o veterinário atribui a greve deflagrada pelos servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (ADAPI), ocorrido durante a segunda etapa da campanha de vacinação ocorrido de 1º a 30 de novembro, e que, segundo ele, os levou a acreditar que, diante do movimento grevista, a vacina também não estaria disponível para compra.
“O criador entendeu que a ADAPI de greve o comércio também estaria, mas não, nós temos um prazo estipulado pelo governo para a venda dessa vacina que é de primeiro a 30 de novembro. Então a certificação depois da compra da vacina é que seria até o dia 15 de dezembro. Diante disso houve uma baixa significativa na venda da vacina e consequentemente o número de gado vacinado será bem menor”, disse o veterinário.
ENTREVISTA: José Matias – Vacinação contra Febre Aftosa
