“Não feche a APAAS”, esse foi o principal grito dos participantes de uma manifestação contra o fechamento da Associação Piauiense de Atenção e Assistência em Saúde (APAAS), que aconteceu em Picos na manhã desta terça-feira (10).
De acordo com a diretora do centro, Luciana Martins, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), alega que a APAAS tinha um enxergo de pacientes, ou seja, o órgão não atende o número de pacientes exigido pelo Denasus, que é a unidade do Ministério da Saúde competente para realizar atividade de auditoria para verificar a adequação das ações e serviços públicos de saúde e a sua regularidade.
A diretora rebate que o que aconteceu foi um erro de informação na hora de repassar as informações para o Ministério da Saúde. Segundo ela, o erro foi corrigido, pois a APAAS atende em torno de 1.100 pacientes de 70 municípios da região de Picos.
“Nós estamos sendo auditados pelo Denasus e Ministério da Saúde acerca de um documento que o Tribunal de Contas deu suspendendo os serviços alegando que a APAAS tinha enxergo de paciente, o que foi simplesmente um erro de informação na hora da produção, mais isso foi um erro de informações que já foi corrigido, uma vez que atendemos cerca de 1.100 pacientes por mês. Estamos sempre procurando dar o melhor dentro da reabilitação”, explicou a diretora.
A diretora esclarece que o centro não tem nenhuma irregularidade e que a visita da Polícia Federal foi uma surpresa para todos.
“Estamos com o coração tranquilo, pois não temos irregularidades. As notícias nas redes sociais deixaram as famílias apreensivas, uma vez que são carentes e não têm condições de realizar o tratamento na capital”.
A dona de casa Maria de Lima relata que seu marido sempre foi atendido na APAAS quando precisou. Os dois fazem tratamento fisioterápico.
“Sem a fisioterapia meu marido não anda, ele foi diagnosticado com artrose no joelho e eu faço tratamento na coluna, precisamos disso para que possamos ter uma vida mais funcional”.
Taylane Martins de Carvalho conta que seu filho foi diagnosticado com microcefalia e sempre foi bem atendido na APAAS e teme que local seja fechado.
“Ele nasceu com 30 semanas de gestação. Era muito hipotônico e não segurava nem o pescoço. Hoje eu vejo a evolução dele, que já senta e se arrasta pelo chão, isso devido ao tratamento, e já fala algumas palavrinhas. Sem o atendimento em Picos eu teria que ir a Teresina uma vez ao mês, sendo que aqui ele é atendido duas vezes na semana”.
Confira as entrevistas
Luciana Martins
Maria de Lima
Taylane Martins de Caralho