Ao assumir o cargo de ministro da Saúde, o médico Luiz Henrique Mandetta disse nesta quarta-feira (2) ter um compromisso “muito grande com a família, com a fé e com a noção de pátria”.
“É necessário nesse momento em que se inicia esse ciclo de trabalho dizer de onde vem o ministro, qual sua trajetória. Primeiro se tem um compromisso muito grande com a família, com a fé, com a noção de pátria”, afirmou.
Em discurso, Mandetta disse que deve priorizar o atendimento na atenção básica e disse que irá buscar um terceiro turno de funcionamento das unidades de saúde.
“Desafio nosso ministério a criar o terceiro turno de saúde. A mãe passa o dia inteiro trabalhando. É preciso ter um turno para que as unidades de saúde se adequem”, disse.
O ministro defendeu ainda maior controle da obrigatoriedade da vacinação. “Vamos transformar a carteira de vacinação. Não fazer dela um empecilho, mas um cartão da cidadania”, disse.
Ele disse ainda que a saúde “não terá retrocesso” e que deve cumprir a Constituição, mas que poderá rever normas do setor.
“Queremos e vamos cumprir um desafio constitucional. Não tem retrocesso, não tem volta da nossa máxima constitucional. Bolsonaro me pediu isso. Mas não existem verdades absolutas a não ser as constitucionais. As infralegais temos que discutir”, disse.
Segundo ele, a nova gestão pretende discutir o conceito de “equidade”, sobretudo em ações judiciais.
“Vemos o conceito de integralidade rapidamente ser absorvido. E o pilar da equidade é relativizado. E a qualidade é onde o país tem que encontrar racionalidade para fazer mais para quem tem menos”, disse. “O conceito de equidade tem que ser melhor observado.”
Mandetta elogiou o trabalho feito pelas Santas Casas e disse que vai lutar contra o subfinanciamento dos hospitais filantrópicos. “Nunca encontrei na minha vida um hospital de porta aberta como são as Santas Casas brasileiras”, disse. A fala gerou aplausos do público.
O ministro defendeu que haja maior controle gastos no SUS. “Não dá para gastar dinheiro sem saber. Vamos atrás de cada centavo do Ministério da Saúde”, disse.
Em discurso, disse ainda que o sistema de saúde “tem portas fechadas para o acesso” e defendeu investimentos na informatização do SUS.
“Se me dizem que saúde não é gasto, é investimento, eu, como investidor, tenho que saber quanto gasto e como retorno”, afirma.
Deputado federal pelo DEM por dois mandatos, o ministro defendeu ainda que haja uma valorização da política. “Sabemos que a política é o caminho de solução. Aqueles que negam a política estão negando a si mesmos e a busca por cidadania.”
Também fez um aceno à oposição. “Meu respeito aos deputados do PT com quem travei grandes embates. Mas sempre com respeito”, disse. Com informações da Folhapress.
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