Em apenas quatro meses, o Brasil já registrou quase a mesma quantidade de casos de dengue de todo o ano passado.

Foram 542 mil infecções prováveis entre janeiro e abril deste ano, de acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Nos 12 meses de 2021, foram registrados 544 mil.

Somente na comparação entre o primeiro quadrimestre de 2022 e o de 2021, a alta é de 113,7%.

O número de mortes também se aproxima do registrado em todo o ano passado. Até agora, já foram 160 casos confirmados, sendo 56 em São Paulo, que concentra a maior incidência. Há ainda 228 óbitos em investigação.

No último boletim epidemiológico sobre casos de dengue em 2021, o Ministério da Saúde havia notificado 240 mortes pela doença e outros 62 casos em investigação.

A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e evolução benigna na maioria dos casos. Costuma ocorrer em áreas tropicais e subtropicais, em que as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, como informa o livro “A Saúde de Nossos Filhos”, da editora

Publifolha, assinado pelo Departamento de Pediatria do Hospital Israelita Albert Einstein.

O Aedes aegypti é encontrado nas cidades, até mesmo no interior das casas, principalmente naquelas em que existem baldes ou vasos em pratos com água, nos quais o mosquito pode se desenvolver. A transmissão ocorre sazonalmente, especialmente nas estações de chuvas. Não há tratamento específico e as medidas terapêuticas visam à manutenção do bom estado geral do paciente.

A taxa de incidência da doença por 100 mil habitantes encontra neste ano um pico no Centro-Oeste. Enquanto no Brasil como um todo ela está em 254 casos a cada 100 mil habitantes, na região esse número sobre para 920.

Duas capitais da região lideram inclusive o ranking das cidades com a maior quantidade de casos, concentrando 11% do total de casos de todo o Brasil. Goiânia (GO) já registrou 31,2 mil casos, enquanto Brasília já notificou 29,9 mil infecções.

O Sul também está acima da média nacional, com 427,2 casos a cada 100 mil. Já no Sudeste, ela é de 188,3 casos a cada 100 mil. Norte, com 154 casos a cada 100 mil, e Nordeste, com 105 casos a cada 100 mil, têm as menores incidências.

 

Fonte: Folhapress