O preço da castanha do caju não sofre alteração desde o segundo semestre do ano passado, é o que afirma o presidente da Central de Cooperativas de Cajucultores do Estado do Piauí – Coocajupi, Jocibel Belquior.
“A gente teve um equilíbrio dede o início da safra, nós podemos dizer que já estamos com quase 85%/90% da safra já em fase de conclusão, mas esse ano teve um equilíbrio no preço. O ano passado nós tivemos uma supervalorização da matéria prima, haja vista que nós tivemos seis anos de seca e a produção sempre caindo a cada ano e o ano passado, mesmo tendo sido uma safra boa, comparando com a de 2016, mas mesmo assim a matéria prima foi supervalorizada. Então eu posso dizer que esse foi um ano bastante satisfatório para todos que trabalham na cajucultura”.
Ele afirma que mesmo os produtores tendo um baixo percentual de lucro, a cooperativa decidiu não elevar o preço do quilo da castanha, que hoje está na faixa de R$: 50,00, mas nos supermercados, pode chegar até 60 reais. “O nosso preço de amêndoa da Cocajupi vai de 35 reais, que é o granulado, até R$:55,00 que é a castanha tipo exportação”, afirmou.
O presidente falou ainda sobre possíveis reajustes no valor da castanha. “Esse ano, até o início da próxima safra, dá para trabalhar da forma que a gente vem trabalhando, evidentemente no ano que vem, nós não podemos passar dois anos sem reajustar, porque tem inflação, tem aumento de salário, mas se a matéria prima se comportar como está, o aumento vai ser insignificante, acredito eu que não chega a 5%”, declarou.
Jocibel Belquior falou ainda que a Cocajupi já integrou cooperativas de até dez municípios piauienses, mas que atualmente só são quatro e que a organização só conseguiu se manter até hoje por conta das parcerias firmadas, pois, por conta da estiagem, a produção estava em um patamar bastante reduzido.
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