A equipe de reportagem da Grande Picos conversou na manhã desta quarta-feira (31) com os comerciantes do Açougue Municipal de Picos para saber se os casos de peste suína que foram registrados no estado do Ceará causaram algum tipo de queda nas vendas dos produtos derivados de suínos.

A Peste Suína Clássica (PSC), também é conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, causada por um vírus RNA envelopado pertencente à família Flaviviridae, ela ataca principalmente os animais mais jovens.

Açougueiro há 40 anos, Francisco Abel dos Santos, relatou que toma todo cuidado na hora de comprar carne de porco. “A gente procura trabalhar uma mercadoria de qualidade para que o freguês possa encostar para comprar a mercadoria que ele quer. Até agora ninguém perguntou, mas tem gente que conversa sobre isso aí”, falou.

O açougueiro José Calista destacou que os clientes não falam sobre peste suína e suas mercadorias vem do Estado de Santa Catarina. “Ninguém nunca me perguntou, as carnes que eu compro vem de Santa Catarina, meu porco é de granja mesmo, até hoje ninguém nunca me perguntou”, resumiu.

O médico veterinário José Matias da Silva Filho falou sobre o que é a peste suína clássica, segundo ele, o vírus é altamente contagioso e não atinge humanos, mas causa prejuízos para os produtores, pois os porcos com a doença precisam ser sacrificados.

“Não tem perigo desse vírus passar para o ser humano, o que afeta mesmo são os rebanhos, a população suína de toda a região, por isso temos que ter esse cuidado porque a peste suína a muitos anos foi erradicada praticamente do Brasil, mas agora está voltando, como todas as doenças estão voltando por falta de cuidados”, conta.

Confira as entrevistas

Francisco Abel dos Santos

José Calista

José Matias da Silva Filho