O deputado Rodrigo Martins (PSB) não é mais candidato à reeleição. Ele desistiu da campanha por um segundo mandato na Câmara dos Deputados, uma decisão que pode ter reflexos importantes na chapa de oposição. Pode complicar ainda mais o que já está muito complicado.
Hoje, a oposição do Piauí conta com três deputados federais: Átila Lira (PSB), Rodrigo e Heráclito Fortes (DEM). Os três lutavam para retornar ao Legislativo em uma tarefa difícil, diante do pequeno número de postulantes à Câmara. Além dos três, basicamente sobressaia na chapa onde estão PSB e DEM – a que se junta ao palanque de Luciano Nunes (PSDB) – o nome da médica Lúcia Santos (PSDB). Isso significa dizer que poucos somariam para a formação de um cociente eleitoral robusto.
A expectativa é que apenas dois dos três voltariam à Câmara. Os cálculos dos analistas apontavam a melhor posição de Átila, com Heráclito e Rodrigo disputando a segunda vaga. A desistência de Rodrigo não tranquiliza Heráclito. Muito pelo contrário. Se em 7 de outubro prevalecer o cálculo que o mundo político faz hoje, a soma da votação de Átila, Heráclito e Lúcia Santos não garante muita sobra além do cociente eleitoral.
Ou dito de outra forma: nas condições de hoje, sem Rodrigo, a coligação mal faria um deputado. Com Rodrigo, deveria ter dois assegurados – com a perspectiva de lutar por três, a depender do rumo da campanha.
Família foi chave na decisão
A decisão de Rodrigo Martins de deixar a disputa por um novo mandato na Câmara teve a participação direta da família. Os pais e a mulher já não viam com tanto ânimo uma nova campanha, sobretudo pelos gastos exigidos. O susto com a queda de um avião em que Rodrigo estava ajudou a fortalecer essa decisão. Era risco demais. Melhor mudar de planos.
Depois de um início tímido, Rodrigo vinha tendo um bom desempenho como deputado, especialmente após assumir a presidência da Comissão de Defesa do Consumidor. “É um bom deputado, presente e atuante”, disse dele Átila Lira, seu companheiro de bancada.
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