A ex-senadora Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, comentou os resultados da nova pesquisa Datafolha para a disputa pela Presidência da República, divulgada na madrugada deste domingo (10).
Ela aparece na vice-liderança, atrás apenas do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), em todos os cenários sem o ex-presidente Lula (PT).
Marina afirma que pretende buscar o diálogo com os eleitores que ainda não sabem em quem votar, ou que pretendem votar nulo ou em branco. Em todos os cenários sem Lula esse grupo de eleitores ultrapassa os 30%.
“A pesquisa Datafolha de hoje é o retrato de um momento e indica que ainda temos muito trabalho pela frente. Agradeço as pessoas que têm manifestado apoio e acreditado no projeto que temos defendido para o Brasil. Temos ainda que buscar formas de dialogar com os cerca de 30% de eleitores que poderiam votar em branco, nulo, em ninguém ou ainda não sabem em quem irão votar”, afirmou a ex-ministra do Meio Ambiente.
A pré-candidata à Presidência da República pela Rede também comentou a recente eleição suplementar no estado do Tocantins, que foi realizada por conta da cassação do ex-governador Marcelo Miranda pela Justiça Eleitoral. Ela observa que o alto índice de votos nulos e em branco no pleito são uma demonstração da insatisfação dos brasileiros com a classe política.
“A eleição suplementar este ano, no Tocantins, serve de alerta: quase a metade dos eleitores votou nulo, branco ou se absteve de votar. A sociedade brasileira está indignada e com toda razão. Isso aumenta nossa responsabilidade e compromisso em debater e apresentar propostas que possam efetivamente melhorar a vida dos brasileiros e tirar o país dessa grave crise. Vamos seguir nessa missão para unir a sociedade a favor do Brasil”, acrescentou.
Marina é a pré-candidata mais beneficiada com a migração de votos do ex-presidente Lula.
Dados da pesquisa
O ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que está preso e inelegível, continua liderando quando tem seu nome incluído no levantamento, com 30% das intenções de voto. Bolsonaro fica em segundo, com 17%, e Marina aparece com 10%.
Empatados, Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) surgem com 6% no cenário com Lula, enquanto Álvaro Dias (Podemos) marca 4%.
Outros 21% dos entrevistados não têm candidato, o que inclui os votos nulos, brancos, os eleitores que ainda não sabem em quem votar ou que não pretendem votar em nenhum dos nomes elencados.
Apesar do bom desempenho de Lula, os demais petistas cotados para disputar o pleito deste ano apresentam um desempenho pífio. Tanto o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) quanto o ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) aparecem com apenas 1%.
Cenários:
Com Lula
Lula – 30%
Sem candidato – 21%
Bolsonaro – 17%
Marina – 10%
Alckmin – 6%
Ciro Gomes – 6%
Álvaro Dias – 4%
Com Haddad no lugar de Lula
Sem candidato – 33%
Bolsonaro – 19%
Marina – 15%
Ciro Gomes – 10%
Alckmin – 7%
Álvaro Dias – 4%
Haddad – 1%
Com Jaques Wagner no lugar de Lula
Sem candidato – 33%
Bolsonaro – 19%
Marina – 14%
Ciro Gomes – 10%
Alckmin – 7%
Álvaro Dias – 4%
Jaques Wagner – 1%
Sem o PT
Sem candidato – 34%
Bolsonaro – 19%
Marina – 15%
Ciro Gomes – 11%
Alckmin – 7%
Álvaro Dias – 4%
Manuela D’Ávila (PC do B) e Rodrigo Maia (DEM) oscilam entre 1% e 2%. Aldo Rebelo (SDD), Fernando Collor de Mello (PTC), Flávio Rocha (PRB), Guilherme Afif (PSD), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), João Amoêdo (Novo), João Goulart Filho (PPL), Josué Alencar (PR) e Levy Fidelix (PRTB) oscilam entre 0 e 1%. Paulo Rabello de Castro (PSC) não alcança 1% em nenhum cenário.
Pesquisa realizada pelo Datafolha com 2.824 pessoas em 174 municípios, na quarta (6) e na quinta (7). A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
O Dia