Pacientes que precisam de hemodiálise fizeram mais um protesto nesta sexta-feira (04) contra o atraso no repasse de verba da Secretaria Municipal de Saúde de Picos para as duas clínicas privadas que realizam o tratamento pela rede pública.
Desta vez, foram as pessoas que são atendidas pelo Centro de Terapia Renal de Picos (CTR), localizado no bairro Conduru. Revoltados com a situação, os usuários acamparam nas dependências do órgão e exigiram uma reposta concreta para a resolução do impasse criado entre a pasta e clínica prestadora do serviço.
O aposentado Carlos Francisco de Carvalho destacou que os dependentes temem que o tratamento seja interrompido. “Se uma clínica dessa parar, nós corremos risco de morrer, nós dependemos desse tratamento, o nosso rim são aquelas maquinas”, salientou.
Com essa mesma preocupação, a jovem Gracilene Maria ressaltou que o sentimento é de angústia. “É um sentimento de muita tristeza e aflição, eu sou jovem, quero viver. Se tem os recursos, por que não repassam? E não é justo, nós já sofremos com a doença e ainda ter que passar por isso”, lamentou.
Francisca Paulina ressaltou que caso o problema não seja solucionado até próxima segunda feira, o grupo irá buscar outros meios para que o direito dos hemofílicos sejam garantidos. “Nós vamos aguardar até segunda, caso não ocorra o repasse, a gente vai procurar os nossos direitos, até porque estamos correndo atrás da nossa vida”, desabafou.
O coordenador administrativo da Secretaria Municipal de Saúde, Bruno Luz, voltou a assegurar que os repasses foram feitos e que o problema é de responsabilidade da clínica. “Mais uma vez eu ressalto, fizemos os repasses, o último fizemos ontem e as clínicas não podem expor esses pacientes da maneira como eles estão sendo expostos. Já tentemos conversar com a direção da clínica, mas eles não nos recebem”, disse ele.
Devido alguns manifestantes que tiveram os ânimos exaltadas e ameaçaram invadir o gabinete da secretária, uma equipe da Polícia Militar foi chamada ao local. De acordo com Bruno, a presença da polícia foi para preservar o patrimônio público e a saúde dos próprios manifestantes.
CONFIRA AS ENTREVISTAS
FRANCISCA PAULINA
JOSÉ LUÍS
CARLOS FRANCISCO
GRACILENE MARIA
BRUNO LUZ