Membros do Comitê de Operações Emergenciais (COE) do Governo do Piauí estão reunidos, nesta terça-feira (1), para tratar sobre a volta das aulas presenciais e temas como convenções partidárias, estágios de cursos superiores da área de saúde e eventos em templos religiosos.
A reunião ainda está em andamento, mas já ficou definido que o governo só vai decidir se as aulas presencias retornam ou não no dia 22 de setembro, como está previsto, após receber um parecer do Comitê Científico do Nordeste.
O objetivo do governo é ter acesso a outros posicionamentos para se tomar uma decisão mais assertiva sobre o retorno das aulas presenciais. Ester Miranda, pesquisadora responsável pelo inquérito epidemiológico da Covid-19 no Piauí, Ester Miranda, explica que esse é o momento “mais perigoso” da retomada das atividades.
A expectativa é que o parecer seja emitido nas próximas horas. “Quanto mais informações se tem de pessoas, estudiosos na área para que o Piauí possa tomar uma decisão, melhor é. Por exemplo: os alunos do Piauí vão concorrer ao Enem. Imagina se os alunos do ensino médio dos outros estados voltam e o Piauí, não. Como o Piauí vai ficar prejudicado. Então é melhor uma decisão em conjunto com vários técnicos da áreas, vários estudiosos, várias pessoas da diferentes esferas da administração pública para ter uma decisão mais consistente. É importante ter cautela. É o momento da retomada mais perigoso. São muitos alunos, tem a questão das escolas se adaptarem.Tem que ir com calma mesmo”, analisa Ester.
As aulas presenciais foram suspensas no Piauí no mês de março como medida para evitar a propagação do coronavírus. O diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino, Marcelo Siqueira, disse ao Cidadeverde.com que a maioria dos pais, principalmente do ensino infantil, estão resistentes a enviar os filhos para a escola neste ano.
Teresina
Na rede municipal ainda não há data prevista para o retorno das aulas presenciais. O secretário municipal de governo da Prefeitura de Teresina, Fernando Said, disse que pesquisa realizada pela prefeitura aponta que muitos pais estão preocupados com a saúde dos filhos e que não pretendem enviar os filhos às escolas. Said ressalta que essa é uma situação “muito delicada” que envolve “vários fatores e vários parâmetros”.
Fonte: Cidadeverde