O diagnóstico precoce é fundamental para a detecção e, consequentemente, a cura do câncer de próstata. Por isso, os homens não podem deixar de consultar um médico e, claro, realizar os exames necessários. Só assim é possível combater o problema. Para agilizar ainda mais a detecção da doença, estudos são realizados na busca do aperfeiçoamento dos métodos
Um exemplo é a pesquisa que comparou biópsias e exames p2PSA com os resultados do PSA livre e PSA Total, da Afip Medicina Diagnóstica, unidade pertencente à Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (Afip). O estudo analisou biópsias e exames p2PSA com os resultados do PSA livre e PSA Total.
A comparação de 30 biópsias de próstata com os de 30 exames de sangue constatou que, dos 17 casos positivos, todos poderiam ter sido indicados utilizando apenas o exame p2PSA.
Detectando o câncer
O p2PSA apresentou uma taxa de especificidade de 87%, que é a capacidade desse antígeno indicar a presença de células cancerígenas. Os dois exames que são cobertos pelo SUS atualmente, o PSA livre e o PSA total, contam com taxas de 55% e 74%, respectivamente
Isso se dá porque o antígeno p2PSA sofre menos alterações por fatores externos e só varia na corrente sanguínea quando há presença de células tumorais. O PSA total e o PSA livre são passíveis de diversas alterações em suas análises. Isso porque sofrem influência de fatores como infecções locais, manipulação prostática, fumo, entre outras, que podem resultar em valores falsos positivos para câncer. A consequência é a uma desnecessária indicação de biópsia de próstata.
Atualmente é possível unir esses três parâmetros para criar o cálculo do índice de saúde prostática (PHI, do inglês Prostate Health Index), que indica a probabilidade de um tumor de câncer de próstata. No entanto, o estudo demonstrou que além do PHI, que utiliza os três parâmetros, é possível também usar apenas o p2PSA para a detecção do câncer de próstata. Ou seja, um exame com a possibilidade de trazer o mesmo resultado que os demais.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Mais de 68 mil casos da doença são esperados até o final de 2019.
Fonte: Estadão Conteúdo