A Polícia Civil do Piauí deflagrou, nesta terça-feira (2) ,Operação Visto Fake, com o objetivo de combater a prática de crimes de falsificação de documentos para aquisição de visto americano.
A operação cumpre três mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão. Os cumprimentos dos mandados acontecem nas cidades de Teresina e Assunção do Piauí.
Segundo informações da Delegacia Geral, os valores para facilitação na expedição dos vistos variavam de R$ 2 mil a R$ 5 mil reais. Um dos investigados pela operação é ex-funcionário de uma agência de turismo.
A ação desencadeada conta com o apoio do Consulado Geral dos Estados Unidos (Recife), da Secretaria de Operações Integradas (Ministério da Justiça e Segurança Pública) através do Laboratório de Inteligência Cibernética (CGCCO/DIOP/SEOPI/MJSP) e do Núcleo de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí.
Presos
Foram presas três pessoas. José de Arimatéia Oliveira Lima, Antônio Lima Neto [ex funcionária de uma agência de turismo] e Leonardo Soares Lima.
Segundo as investigações, José de Arimateia Oliveira Lima é responsavél por fabricar os documentos falsos,e de ser dono das falsas empresas cujo solicitantes indicam trabalhar. Ele também é apontado como a pessoa que fazia o recebimento dos passaportes quando enviados pelos Correios.
Antônio Lima Neto seria responsável por preparar todo processo de solicitação de vistos para os solicitantes. Preenchia formulários com informações falsas. Leonardo Soares Lima foi preso suspeito de se associar criminalmente com José de Arimateia e Antônio Lima Neto com objetivo de obter o visto americano.
“O consulado americano foi bem atento e conseguiu barrar este visto. Só daqui do Piauí temos 11 pessoas tentando ingressar com documentação falsa”, informou o delegado geral, Luccy Keiko.
De acordo com a Polícia Civil, o trio utilizava extratos de contas bancárias, contratos, comprovantes de matrícula. Foram apreendidos celulares, computadores e documentos que comprovem a ligação dos suspeitos com possíveis agentes em outros Estados da federação.
Uma pessoa foi presa em março deste ano em Recife apresentando documentação falsa. No depoimento à polícia o homem assumiu ter conseguido os documentos com José de Arimatéia.
Caso seja comprovado o interesse de fixação permanente no país os suspeitos podem responder por crime previsto no código penal atribuído à Polícia Federal.
Os suspeitos são indiciados por associação criminosa e falsificação documental. Outras pessoas podem estar envolvidas. “Há uma investigação que pode se estender bastante. Esta é a primeira fase vamos ver para onde os depoimentos dos presos vão nos apontar”, disse Keiko.
Os indícios do esquema foram observados pela polícia norte-americana, que identificou falhas na documentação e uma movimentação suspeita nos pedidos. Uma grande quantidade de pedidos de visto eram feitas de um único endereço de computador, pertencente a Antônio Lima Neto.
“Um exemplo de colaboração entre o governo dos Estados Unidos e a polícia brasileira aqui no estado do Piauí. Nós esperamos ter mais oportunidades no futuro de trabalhar juntos” declarou Patrick Grey, da segurança diplomática do Consula Americano.
Aguarde mais informações
Izabella Pimentel e Valmir Macêdo
izabella@cidadeverde.com