Os piauienses geralmente recebem o período chuvoso com gratidão e um ar de alívio, afinal, é o sinal do fim do “BR-O-Bró” e hora de curtir uma pausa no calor típico do semiárido do Nordeste. Mas juntamente com as primeiras gotículas de chuva, chega um pequeno inseto que será um pesadelo durante todo essa estação: as moscas.

Na verdade, o pesadelo são as doenças que podem ser transmitidas através delas: conjuntivite, febre, diarréia, micose e outras doenças têm atingido muitas pessoas em Teresina especialmente neste período de chuva, a popularmente conhecida “virose da mosca”. Durante esse período a proliferação delas é maior devido as condições temperatura e umidade.

De acordo com o médico da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilvan Nunes, explicou ao OioMeia, a Doença Diarreica Aguda (DDA) é erroneamente chamada de “virose da mosca”, pois apesar do nome da doença ser associado ao inseto, a mosca é apenas mais um dos vários veículos de contaminação. O contágio da virose acontece através do contato interpessoal, seja ele direto ou indireto, com uma superfície contaminada.

TRANSMISSÃO 

É por isso que a principal forma de evitar a doença é com atenção aos hábitos de higiene pessoal, como lavar as mãos, os alimentos, além de utilizar álcool em gel. Mas a prevenção à DDA não se resume higiene pessoal, outras situações também podem desencadear a contaminação, como o acúmulo de lixo.

“As condições de umidade e temperatura, aliada a presença de matéria orgânica favorecem a multiplicação de insetos. Se uma casa oferece as condições para isso aconteça, elas irão se proliferar. Portanto, é importante não guardar lixo dentro de casa”, afirmou.

TRATAMENTO

Para quem contraiu a DDA, a indicação de Gilvan Nunes é de que a pessoa procure atendimento médico com urgência. Segundo o médico, ao contrair a infecção muitas pessoas procuram se automedicar. No entanto, essa atitude pode não auxiliar em nada e até mesmo ser prejudicial à saúde do paciente.

Isso acontece porque a DDA pode ser causada por mais de um tipo de vírus. O “rotavírus” é o principal deles, mas também existem outras mutações virais que pode desencadear a DDA, como Echovirus, coxsackievirus, adenovirus. “O médico realiza um diagnóstico clínico, analisando os sintomas específicos para que indique a medicação adequada”, explicou.

O tratamento para a DDA é feito principalmente através de soro. Em casos onde haja apenas a incidência apenas de diarreia, pode ser feito via tratamento via oral, com o soro caseiro. Entretanto, em caso onde os sintomas incluírem vômito, o soro deve ser aplicado na veia.

Fonte: OitoeMeia