Aconteceu na manhã dessa terça-feira (11) uma audiência pública na Câmara Municipal, que teve como objetivo discutir a retomada das obras do Novo Hospital de Picos.
A realização do debate em torno do assunto foi requerida pelo vereador Wellington Dantas (PT), por meio de uma solicitação do grupo que integra a “Força Tarefa Popular”. Ele fala da importância do andamento da obra da unidade de saúde para a população picoense e da região.
“O objetivo principal é a gente encontrar uma solução da obra parada do Novo Hospital Regional Justino Luz, que tem se tornado, infelizmente, um elefante branco, há cerca de dez anos paralisada essa obra, vários milhões investidos e a gente sabe que tem todo recurso, ou quase todo em caixa para a continuação dessa obra […]. Quem tem perdido é a população, porque Picos cresce muito, a região cresce muito e atende, inclusive, pessoas de estados vizinhos e quando se chega ao Hospital Regional Justino Luz, o hospital antigo, a gente vê uma estrutura que, embora o Estado tenha trazido alguns investimentos, como a UTI, tem reformado alguns setores do hospital, mas o que se percebe é que não atende à demanda e a população fica prejudicada, tendo que se utilizar de ambulâncias para ir para Floriano, para Teresina em busca de melhorias”, opinou.
O coordenador da Força Tarefa Popular, Arimateia Dantas, fala que o descaso acerca da obra parte não apenas do governo, mas também da população. Ele diz que os usuários devem cobrar constantemente aos gestores ações que são de interesse de todos.
“Um dos objetivos da marcha é fazer o levantamento dessas obras que estão paradas e também estimular o controle social e fiscalizar a gestão pública e foi muito surpreendente a situação que nós encontramos aqui em Picos em vários aspectos, um dos aspectos é como uma obra, que é o hospital do porte desse que está sendo construído e está abandonado […]. Nós também podemos observar como a sociedade de Picos foi omissa esse tempo todo com uma obra gigantesca como aquela, que está parada, tomada pelo mato, sendo acabada pelo sol e pela chuva e as pessoas morrendo no hospital, isso chama muito a atenção e é tão grave quanto o abandono da obra”, expressou.
O diretor de Infraestrutura da Secretaria Estadual de Saúde (SESAPI), Marcos Gonçalves, diz que a pasta já fez um levantamento financeiro para a continuidade da obra e que a expectativa é que a justiça libere a conclusão da edificação do hospital. “O cronograma da conclusão da obra é em torno de dois anos e em termo de valores, é em torno de 30 milhões”, afirmou.
A deputada Belê Medeiros, também participou da audiência e destacou a luta que ela tem travado em prol do andamento da obra do novo Hospital de Picos.
“Se o Ministério Público identifica as irregularidades, não deixar um processo desse parado e a população sofrendo, porque Picos tem pago um preço muito alto por isso e as pessoas, especialmente as mais pobres, têm sofrido por falta de leitos, por falta de material, por falta de profissionais, as vezes até desmotivados, porque é desgastante você trabalhar em um ambiente insalubre, então são coisas que desgasta muito e eu espero que essa solução surja para que a gente possa ter um hospital funcionando melhor”, pontuou.
O projeto original da unidade de saúde prevê 260 leitos de enfermaria, 24 leitos de UTI adulto, central de processamento de resíduos, auditório com 150 lugares, refeitório e biblioteca. A estrutura da unidade de saúde também funcionará como hospital escola para acadêmicos do curso de Medicina pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) de Picos.
CONFIRA AS ENTREVISTAS:
WELLINGTON DANTAS
ARIMATEIA DANTAS
MARCOS GONÇALVES
BELE MEDEIROS