O agronegócio, que atualmente recebe o nome de agrobusiness, corresponde à junção de diversas atividades produtivas que estão diretamente ligadas à produção e subprodução de produtos derivados da agricultura e pecuária.

O agronegócio brasileiro relatou aumentos de 15% no volume e de 13% na receita com exportações no ano passado em comparação ao ano anterior. Em 2017, as vendas do setor proporcionaram em divisa ao País, segundo o Ministério da Agricultura. Os números brutos, cerca de US$ 96 bilhões somente em 2017, são motivo de comemoração. Norte e Nordeste são as regiões do Brasil que se consolidaram como as novas portas de saída do País.

Mas esse grande aumento tem prejudicado o pequeno agricultor, principalmente os que produzem milho, feijão e castanha de caju, como o senhor Francisco Lavor. Residente na localidade Mosquito, município de Dom Expedito Lopes, tem encontrado dificuldade na venda de suas culturas agrícolas.

Chico Lavor, como é conhecido, relatou que a disputa de mercado entre produtos orgânicos e a produção em alta escala do agronegócio tem proporcionado prejuízos que vão desde o valor da prestação de serviço na agricultura local até o valor da venda da mercadoria.

“Estamos numa situação triste, porque o agronegócio é quem está mandando no Brasil todo e o pequeno produtor rural está nesse sofrimento. Não paga nem o trabalho de você estar se abaixando pra pegar a castanha e não tem preço de nada. Não temos a quem vender, e não dá pra competir”, contou o agricultor.

Confira a entrevista: Francisco Lavor