A chegada do Natal e do Ano Novo é uma época que por si só já gera expectativa no comércio pela possibilidade de aumento nas vendas. Em 2021, essa expectativa está ainda maior por conta das chances de o setor se recuperar após quase dois anos de prejuízos e demissões. Os lojistas do Piauí esperam aumento das vendas e, consequentemente, aumento no número de contratações de profissionais para o comércio.

E essas contratações podem não ser apenas temporárias, como aconteceu nos anos anteriores. Para o Sindicato dos Lojistas do Piauí (Sindilojas) há grandes chances de os profissionais que forem contratados para trabalhar no final do ano permanecerem com as vagas no comércio mesmo após o período de aumento nas vendas. É que muitos lojistas devem aproveitar este período para recompor o quadro de funcionários demitidos durante a pandemia.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

“Temos expectativa de contratações e na realidade muitas dessas que vão acontecer até o final do ano não serão temporárias, mas sim reposição de quadros, porque temos durante um ano e meio parados e com restrições o fechamento de alguns postos de trabalho e com essa expectativa de crescimento, com essa expectativa de bons negócios, eles vão ser reabertos. Então muitas dessas contratações não serão mais temporárias, mas sim definitivas”, explicou Tertulino Passos, presidente do Sindilojas.

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No momento, os lojistas do Piauí estão se preparando para as vendas da Black Fiday, que acontece na última sexta-feira de novembro. Nesta data, os produtos que mais saem das lojas são eletroeletrônicos e produtos da linha branca com maior valor agregado. Já para o Natal, que geralmente é a data mais importante para o comércio no ano, a expectativa é para a venda de produtos de todos os tipos e linhas.

Trabalhadores podem receber vale transporte em dinheiro das empresas

Um dos fatores que mais preocupa o comércio para as vendas de final de ano é a dificuldade do cliente e do próprio trabalhador em se deslocar para o centro comercial devido à falta de ônibus na cidade. O próprio Sindilojas já havia cobrado do poder público uma medida mais efetiva para que houvesse transporte na cidade que garantisse que o cliente estaria nas lojas fazendo suas compras presencialmente.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

Em reunião com o Ministério Público do Trabalho (MPT), os lojistas chegaram ao acordo de não mais pagar vale transporte aos funcionários do comércio e sim transferir a eles o valor em dinheiro referente à passagem de ônibus para que ele pudesse pegar outros meios de condução alternativos como carros de aplicativo e mototaxi e chegar ao trabalho em segurança.

“Hoje no comércio de Teresina, ao invés de pagar o vale, o lojista pode dar ao trabalhador o dinheiro para ele ir e vir do trabalho enquanto persistir essa problemática do transporte, porque isso ajuda não só ao funcionário, mas também aos clientes que também utilizam ônibus para ir e vir das lojas. Isso é essencial para termos cada vez mais pessoas circulando pelas atividades comerciais”, finaliza Tertulino.

O Dia