Início Destaque Preso envia carta ao Grande Picos para denunciar descaso na penitenciária masculina

Preso envia carta ao Grande Picos para denunciar descaso na penitenciária masculina

Uma carta envida por um detento – que não se identificou – da Penitenciária José de Deus Barros, chegou à redação do Grande Picos nesta segunda-feira (05), nela há denúncias acerca da alimentação dos encarcerados, segundo a carta, o alimento é servido cru e muitos passam fome; outra reclamação foi a falta de assistência da Defensoria Pública e ainda constavam questões sobre os projetos sociais desenvolvidos na unidade que beneficiaria apenas alguns presidiários.

A nossa equipe conversou com o diretor da penitenciária masculina de Picos, Sinval Hipólito, que falou sobre o conteúdo da carta e justificou as acusações. Segundo ele, não há motivos para reclamações acerca da alimentação, ele conta que apenas um dia – o último sábado (03) – o arroz não foi bem cozido e estava duro, mas que nos demais dias, o alimento é servido sob ótimas condições.

“São mil e quinhentas refeições preparadas ao dia, não há como ter a mesma qualidade de uma alimentação que é preparada para dez pessoas, mas nós estamos aqui diariamente, se fizeram essa reclamação foi simplesmente pelo dia de sábado, porque descuidaram um pouco e o arroz saiu duro, mas no domingo nós já normalizamos essa situação e aqui na nossa unidade prisional, todos os dias a comida é arroz, feijão, carne e macarrão para cada um desses detentos. E o serviço social é para todos, o serviços dentário e médico às sextas é para todos e sempre vamos trabalhar com essa preocupação, em fazer o melhor para cada um desses senhores que se encontram essa unidade prisional”, afirmou.

Sinval falou ainda que em uma unidade com mais de 400 presos, não é possível estender projetos a todos, pois a prisão está com o dobro da sua capacidade e os benefícios são para um número reduzido de presos.

Defensoria Pública

A titular da 5ª Defensoria Pública de Picos, Maria Tereza Correia, também foi procurada pela nossa equipe, ela falou à nossa equipe que o processo dos presos não depende apenas de um órgão, e fala que a demanda é muito grande e que o número de servidores é incompatível com os mais de 450 presos que estão na penitenciária. A procuradora disse que há uma esfera de competência e que esses processos dependem do trabalho do juiz e também de outros profissionais.

“Essas visitas estão sendo feitas, a gente vai à penitenciária, mas lá tem 450 presos, muitas vezes eu atendo gente de lá que não é nem da Defensoria Pública, mas eu não posso chegar e falar de uma maneira geral com todos, é preciso conversar, olhar o processo, dar um posicionamento e tudo isso toma tempo. Então além de escutar o preso, você tem que tomar uma providência física”, justificou Maria Tereza Correia.

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA COM SINVAL HIPÓLITO-

VEJA A CARTA ENVIADA PELO PRESIDIÁRIO-

Material chegou à redação do Grande Picos nesta segunda (05)