O que é isso, companheiro?
Durante caminhada realizada em Picos pelo governador e candidato à reeleição, Wellington Dias (PT), e outros integrantes de sua chapa, incluindo o senador Ciro Nogueira, um fato bastante inusitado foi percebido por um jornalista da cidade. Segundo ele, uma importante figura do PT picoense se dirigia ao encontro da comitiva postando na roupa um adesivo do senador progressista, mas a pessoa foi parada por um companheiro de legenda, que tratou de retirar o adereço.
Estatística
Nesta mesma caminhada, os grupos pertencentes aos quatro deputados da cidade que os apoiam, ficaram igual óleo e água e não se misturaram. Teve um cabo eleitoral, ligado a um dos parlamentares, que recebeu a incumbência de identificar qual grupo político conseguiu colocar mais gente na avenida. Porém, caso o governador se reeleja, o critério para ter direito a uma fatia do bolo é o voto.
Encurralados
Segundo um observador da cena política local, está havendo um esforço concentrado por parte do Palácio Coelho Rodrigues para encurralar o grupo do deputado Nerinho. Ainda de acordo com o observador, a investida tem por objetivo enfraquecer os petebistas para o pleito de 2020 e que essa estratégia foi traçada pela força oculta da política local, que agora que está fora da gestão municipal, espera o desempenho da legenda nas urnas.
Lenha na fogueira
O deputado federal Marcelo Castro (MDB) se reuniu nesta sexta-feira (28) com vários vereadores da cidade de Picos ligados aos ex-prefeitos Gil e Zé Neri e do atual mandatário, Padre Walmir Lima (PT). O objetivo do encontro foi garantir a unidade em torno do segundo voto do Senado para Castro. Ao final do encontro, uma integrante do grupo político de Paraibano jogou um punhado de pimenta no salão. Segundo essa liderança, se os parlamentares obedientes ao Padre votarem em Wilson Martins (PSB) para o Senado, o esforço dos progressistas seria em vão.
Descoberta
Questionado por esse colunista se o rompimento do PTB com o prefeito de Picos, Walmir Lima (PT), lhe trará prejuízo eleitoral no pleito deste ano, o deputado Nerinho foi categórico e disse: “Primeiro não fomos nós que rompemos com ele, e sim ele conosco, depois eu teria que fazer uma escolha, entre andar com o prefeito ou com o povo e eu escolhi o povo”. Pelo visto, o petista se transformou em uma má companhia para os petebistas.
Segundo turno à vista
Pelos números trazidos nas últimas pesquisas eleitorais, o segundo turno está configurado e com ele, a decisão pelo Governo do Piauí. E na reta final, pode apresentar uma grande surpresa que, caso se concretize, estremecerá a estrutura do palanque governista. Segundo análise de pesquisas internas, o deputado Luciano Nunes (PSDB) ultrapassará o candidato Dr. Pessoa (Solidariedade) e poderá enfrentar WD no segundo turno.
Sala ociosa
Em meados do ano passado, após um mal-estar entre o prefeito Padre Walmir e o seu vice, Edilson Carvalho (PTB), houve uma grande mobilização para que ambos se reaproximassem, o que acabou acontecendo. Com isso, uma sala foi preparada no Palácio Coelho Rodrigues para que Carvalho passasse nela a despachar. Se o petebista está utilizando ou não o espaço, o certo é que pelo menos a placa com seu nome está afixada na porta. Será se a sala está ociosa?
Perdendo força
Uma importante liderança política de um município da região Picos, ao que tudo indica não está mais com essa bola toda. Em eleições anteriores, quando este detinha o poder local, todos os seus seguidores votavam de cabo a rabo em seus candidatos, mas neste pleito, o ex-mandatário não conseguiu segurar nem mesmo parte de seus familiares. Parece que em política, caneta com pouca tinta não funciona.
A Coluna Panorama é assinada pelo jornalista Assis Santos, formado em Rádio e TV pelo Instituto ComRadio do Brasil e Coordenador do Departamento de Jornalismo do Sistema de Comunicação de Picos – SCP.