Pesquisas realizadas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a PUC-MG, em grupos de Whatsapp no Brasil identificaram a predominância de assuntos políticos como pauta das interações. De acordo com o pesquisador Josemar Alves, doutorando em ciências da computação da UFMG, foram coletados dados entre janeiro a abril desde ano de mensagens de textos e títulos de vídeos.

Entre as expressões mais recorrentes estão Lula, Bolsonaro, Ciro, Dilma, golpe, impeachment e assuntos relativos às eleições presidenciais. “A maioria dos vídeos eram a respeito da campanha do Bolsonaro”, afirmou Alves.

Nesta pesquisa, cerca de 60 grupos do Brasil foram avaliados. São grupos onde os links de participação são postados na internet e a entrada não depende de um administrador.

Também foram estudados grupos na Indónesia e Índia. De acordo com Alves, diferentemente do Brasil, nestes dois países, o tema predominante nos grupos são propagandas e anúncios. “Há uma diferença cultural, uns utilizam para discussão política, outros para venda”, afirmou.

Em outro estudo, os pesquisadores compararam dois tipos de grupos públicos do WhatsApp: os políticos e os não políticos. De acordo com a UFMG, os resultados concluíram que grupos políticos tendem a ser mais movimentados do que outros tipos. Detectaram ainda que, o maior volume de mensagens é postado por poucos usuários, considerados dominadores. A maioria dos usuários só observa, diz a UFMG.

Fonte: G1